Burocracia dificulta investimentos em transporte

    A burocracia existente no setor de transporte no Brasil, com o excesso de órgãos e de procedimentos que precisam ser mais eficientes, dificulta a concretização dos investimentos, contribuindo para que a infraestrutura não evolua da forma que o país necessita. Esse foi um dos assuntos debatidos na tarde dessa quinta-feira (22) na 2ª TranspoAmazônia (Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística), em Manaus.
     
     
    O painel “Investimento em Infraestrutura de Transporte” foi mediado pelo diretor-executivo da CNT, Bruno Batista. Ao final das discussões, ele destacou que tanto governo quanto iniciativa privada sabem quais são as dificuldades e os gargalos do transporte. Entretanto, os processos são muito lentos e é necessário oferecer maior agilidade aos projetos. “O governo precisa avaliar qual a melhor forma de destravar esses problemas. Como reduzir a burocracia e como minimizar o tempo de investimento dos recursos”, disse Bruno Batista.
     
    A importância do planejamento de longo prazo e também a necessidade de que ele ocorra de forma continuada foi destacada pelo ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, que é consultor do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs). “O problema da demora em relação ao investimento está ligado à dispersão de recursos e à falta de continuidade. Se gastar tempo para projetar, se houver planejamento, a execução ocorre rapidamente”, avaliou.
     
    Cloraldino Severo destacou que o Brasil precisa aumentar muito sua malha rodoviária pavimentada. Atualmente, apenas cerca de 13% do total das rodovias têm pavimento. O ex-ministro dos Transportes citou os percentuais de outras partes do mundo: Estados Unidos (67%), Europa (89%), China (84%) e Rússia (79%).
     
    De acordo com o diretor de infraestrutura aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casemiro, entre 2015 e 2018, o Dnit está planejando investir cerca de R$ 3,3 bilhões em hidrovias. O maior aporte de recursos é para o corredor Tietê (R$ 1,78 bilhão). As obras engloblam dragagem, sinalização, balizamento, entre outras intervenções. 
     
    FONTE: CNT
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