Beltz quer ser a primeira em descarregamento seguro

Do conceito europeu à adaptação para o mercado brasileiro, conheça as vantagens técnicas das caçambas feitas sob medida para cada mercado

Por Gustavo Queiroz

- julho 24, 2025

Caçamba Beltz equipada com tecnologia Beltz: descarga controlada, sem ajuda da gravidade

A evolução dos implementos rodoviários vem impulsionando setores como agricultura, construção civil, pavimentação asfáltica e mineração, com soluções customizadas que aumentam a produtividade e a segurança. Destaque para caçambas de descarregamento horizontal por empurro, que substituem os tradicionais basculantes em operações críticas, eliminando riscos de tombamento e garantindo eficiência no transporte e distribuição de materiais.

Empresas como a Beltz atuam nesse mercado com linhas especializadas, como reboques distribuidores (para aplicação precisa de compostos orgânicos), caçambas para construção (com descarga controlada de agregados), linha asfáltica (dosagem contínua de massa quente) e equipamentos para mineração (robustos para operações subterrâneas). Cada modelo é desenvolvido para desafios específicos, comprovando a qualidade da engenharia brasileira em implementos rodoviários. Sediada em Dona Emma (SC), a Beltz se destaca por soluções customizadas, desenvolvidas a partir de análises de elementos finitos e experiência de campo.

Fabrício Mendes Beltrame, gestor da Beltz
Fabrício Mendes Beltrame, gestor da Beltz

Diferentemente dos basculantes tradicionais, que dependem da gravidade, o sistema da Beltz utiliza um mecanismo hidráulico que empurra a carga de forma controlada. “Em materiais pegajosos, como compostos orgânicos ou rejeitos de mineração, o basculamento convencional deixa resíduos. Nosso sistema raspa a caçamba completamente, eliminando desperdícios. Além disso, em terrenos inclinados ou operações noturnas, evita-se o risco de tombamento, um problema grave em basculantes”, explica Fabrício Mendes Beltrame, gestor da empresa.

Aplicações da tecnologia

A tecnologia é especialmente vantajosa nas aplicações de pavimentação asfáltica, onde é possível controlar a dosagem precisa do asfalto, evitando sobrecarga nas acabadoras. O mesmo ocorre na mineração subterrânea, onde se observa redução do ciclo de transporte de rejeitos, fechando galerias já exploradas. Ou então na agricultura de precisão, por meio da distribuição de fertilizantes sólidos de forma uniforme e sem falhas.

Unidade de pavimentação asfálticaoferece uma dosagem controlada
Unidade de pavimentação asfáltica oferece uma dosagem controlada

A Beltz mantém colaborações com grandes fabricantes de caminhões articulados para mineração, adaptando seus equipamentos para operações específicas. “Uma máquina dessa para mineração subterrânea pode custar US$ 3 milhões. Com nossa solução, o valor cai para US$ 1,2 milhão, mantendo a eficiência”, comenta Beltrame. “Apesar do alto custo inicial – até três vezes o valor de um basculante comum –, o retorno vem com redução de acidentes, menor necessidade de manutenção e ganho produtivo”, complementa.

Com projetos em automação agrícola e expansão digital, a Beltz prioriza o atendimento direto ao operador, evitando intermediários. “Queremos ser a primeira opção quando pensarem em descarregamento seguro“, finaliza Beltrame.

Fundada em 2008, a Beltz surgiu após Fabrício Mendes Beltrame deixar a empresa familiar de implementos agrícolas. Uma queda brusca no financiamento ao tabaco em 2011 levou à busca por novos mercados. “Em 2012, trouxemos a tecnologia européia, mas adaptamos ao Brasil, onde o solo e as operações exigem robustez”, relembra. Hoje, a empresa evita generalizações: “Não servimos para tudo. Identificamos onde o sistema traz vantagens reais, como em mineração ou asfalto, e focamos nisso”, destaca.

 

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