ABOL estima 16 mil demissões entre os associados com o veto da PL 334/2023

Além da redução no banco de vagas, a associação prevê impactos financeiros bilionários

Demissões

Levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) estima cerca de 16 mil demissões, entre os associados, em 2024, caso o veto da desoneração da folha de pagamentos (PL 334/2023) não seja derrubado. Além disso, um outro impacto previsto para o setor será o fechamento de 18 mil novos postos de trabalho que estavam no planejamento de 2024.

A medida deve ser votada antes do recesso legislativo, que inicia no dia 22 de dezembro, porém, caso não aconteça, além dos impactos no banco de vagas, os impactos também serão financeiros. A ABOL prevê prejuízo na ordem de meio bilhão de reais com o cancelamento de projetos logísticos, contratos atuais que não poderão ser atualizados na mesma proporção, entre outros fatores. De acordo com a diretora presidente da Associação, Marcella Cunha, os cálculos são conservadores, pois são resultado de uma média. Há operadores que sentirão os efeitos de forma ainda mais agressiva, comprometendo, significativamente, o futuro da empresa. 

Visão geral do setor

A pesquisa foi feita pela ABOL junto aos 32 Operadores Logísticos associados. Segundo a entidade, o setor é responsável pela geração de 2 milhões de empregos no Brasil, entre diretos e indiretos. A maior parte das vagas, pouco mais de 80%, são ocupadas por funcionários em regime CLT, que representam 71% do total gasto pelos Operadores com mão de obra.

“Apostando na prorrogação até 2027, os OLs estimaram os custos para a manutenção de postos de trabalho e novas contratações no ano que vem a partir do benefício. Com a perda, essas previsões precisarão ser revistas, assim como outros cálculos e projeções ligadas à precificação dos serviços, custos com projetos logísticos, investimentos e abertura de novas instalações, e capacitação profissional. Os efeitos da não prorrogação serão em cascata: irá comprometer a qualidade dos serviços que prestamos, causará aumento nos preços e contribuirá para o crescimento da informalidade no País”, destacou a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, que, junto aos associados, defende a derrubada do veto pelo Congresso Nacional.

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