FETCESP analisa impacto do aumento de pedágio em São Paulo

Entidade avalia impactos do aumento de tarifas de pedágios em São Paulo, reforça necessidade de diálogo e previsibilidade

Por Victor Fagarassi

- agosto 11, 2025

fetcesp

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (FETCESP) publicou nesta semana um comunicado onde analisa e comenta os desdobramentos do primeiro mês de reajuste no pedágio em São Paulo. Com aumento médio de 5,31%, autorizado pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) com base no IPCA acumulado, os novos valores já exigiram adaptação por parte de transportadoras e motoristas.

Entendemos que estradas bem conservadas demandam recursos, e que a arrecadação via pedágio cumpre esse papel. No entanto, é fundamental que os reajustes sejam conduzidos com diálogo, previsibilidade e equilíbrio, considerando a capacidade de absorção por parte das empresas de transporte e seus impactos sobre o custo do frete“, afirma Carlos Panzan, presidente da FETCESP.

A entidade também destaca o avanço do sistema de pedágio eletrônico por fluxo livre (Free Flow) como uma alternativa viável para a modernização do sistema de cobrança. A tecnologia, já em fase de expansão em São Paulo, elimina as cancelas tradicionais e permite que os veículos sejam tarifados automaticamente com base na leitura de placas.

Acreditamos que o Free Flow pode ser um importante aliado na redução de custos operacionais, ao evitar paradas, melhorar o consumo de combustível e reduzir o tempo de viagem. Ele também pode representar mais eficiência logística, especialmente para veículos de carga. Mas, para isso, é preciso que sua implantação ocorra com máxima transparência e suporte técnico ao setor“, reforça Panzan.

Desafios em pauta

A entidade ressalta, no entanto, que ainda há desafios na consolidação do sistema, como a necessidade de padronização na comunicação com os usuários, a clareza nas tarifas cobradas e a integração com os sistemas internos das transportadoras. Além disso, é fundamental garantir que o Free Flow seja um instrumento de justiça tarifária, evitando que deslocamentos curtos ou urbanos sejam onerados de forma desproporcional.

Com o aumento das tarifas, o pedágio pode representar entre 8% e 12% do custo total de uma viagem rodoviária, dependendo da rota. Por isso, encontrar alternativas para reduzir esse impacto é essencial para garantir a competitividade das empresas e a sustentabilidade do setor. A entidade defende a ampliação de políticas de desconto, incentivos à pontualidade, programas de fidelidade e a adoção plena de tecnologias como o Free Flow, desde que com estrutura adequada para todos os perfis de usuários.

A melhoria da infraestrutura e a modernização dos sistemas de pedágio devem caminhar junto com o compromisso de manter o transporte economicamente viável. Acreditamos no diálogo entre o setor público, concessionárias e transportadores como caminho para encontrar soluções justas e sustentáveis para todos“, finaliza Carlos Panzan.

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