De acordo com pesquisa da NTC&Logística, realizada com 2500 transportadores de cargas, 56% dos executivos afirmaram que a situação do mercado piorou. Anteriormente, em janeiro, a mesma pesquisa apontou que apenas 36% pensavam desta forma. Assim, os dados se aproximam dos níveis de insatisfação coletados em janeiro e agosto de 2018.
Outro ponto abordado pela pesquisa foi a expectativa de melhora do cenário. Para 35% dos participantes, o futuro do frete piorará. Em janeiro, o percentual era de 13,5%. Segundo os transportadores, o faturamento diminuiu para 62% das empresas participantes. Dentre os principais motivos para o recuo, foram citados a diminuição do volume de cargas e o aumento de custos.
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De acordo com José Hélio Fernandes, presidente da NTC, o resultado reflete a incerteza e falta de avanço econômico. “As empresas sentem no faturamento e porque transportam menos. A economia está andando de lado. Se não tem produção, não tem transporte”.
Os dados da pesquisa anterior, de janeiro, mostravam otimismo, o que não se concretizou em valores praticados no segmento rodoviário. “Já estamos em agosto e a economia, vamos dizer, não deu sinal de vida. Com ociosidade na indústria e consumo menor do que o esperado, o sentimento do empresário é de que vai piorar se nada acontecer.”
Defasagem e tabela do frete
Segundo a pesquisa, a defasagem do frete chegou a 16%. Dessa forma, registrando 3 pontos percentuais acima do apurado em janeiro de 2019. A maior parte das empresas (86%) não aumentou ou concedeu desconto no valor do frete. Além disso, quase 60% afirmaram receber abaixo do custo e 54% têm frete a receber em atraso.
Em relação a tabela do frete, a maior parte (41,5%) consideram uma boa para o setor. Entretanto, o número tem caído nas últimas pesquisas. Para Fernandes, a implementação é o maior problema. “Quando foi lançada, 60% imaginou que poderia ser boa, mas isso vem caindo. As empresas veem que é difícil implementar a tabela”, diz.