TNT volta a crescer e a investir no Brasil

    Depois da quase fusão com a UPS e de colocar à venda as operações no Brasil, a operadora logística de origem holandesa TNT virou o jogo e reverteu os resultados negativos que vinha apresentando desde 2007, quando adquiriu a brasileira Expresso Mercúrio, dando origem à TNT Mercúrio, especializada em carga fracionada aérea e rodoviária para o Brasil e o Mercosul. De acordo com Cristiano Koga, diretor-executivo da TNT Mercúrio, a empresa conseguiu equilibrar os resultados, voltando a crescer no primeiro trimestre de 2014. “Foi a primeira vez que tivemos lucro e Ebit positivo. Nos primeiros três meses do ano, crescemos 12,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. E isto num período que tradicionalmente é de baixa em nosso setor”, comemora.
     
    Depois da compra da Mercúrio, em 2009 a TNT fez outra aquisição no país, da Expresso Araçatuba. “Estas fusões vieram num momento em que o mundo todo estava apostando nos países emergentes, com o bloco dos Brics em alta. E foi também uma quebra de paradigma no setor de transporte rodoviário brasileiro, que normalmente é composto por empresas locais e familiares. Só que a fusão de três culturas e de diferentes realidades foi muito mais complexa do que a empresa esperava. A integração entre os mercados no Mercosul e mesmo entre os estados brasileiros não é tão simples quanto parecia. Tudo isso colaborou para os resultados negativos da companhia”, conta Koga.
     
    Em 2011, houve uma reestruturação da empresa, com a troca de toda a gestão no país para novo reposicionamento da marca. Em 2012, veio o fato novo: o interesse da UPS em comprar a totalidade das operações da TNT globalmente. Este processo durou mais de um ano, período em que a transação foi analisada e vetada pelo Comitê Europeu responsável por regular fusões e aquisições, espécie de Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – para a Europa, que entendeu que a fusão das duas empresas criaria um monopólio em alguns países da região.
     
    Diante desta nova realidade, a TNT tomou uma nova decisão: dar foco aos mercados onde era tradicional e fechar as operações nos países emergentes. Assim, as atividades na China e Índia foram vendidas e a estrutura brasileira foi colocada à venda.
     
    “Vivemos, no Brasil, uma situação delicada, pois ao mesmo tempo em que tínhamos um movimento de venda em andamento, com todas as suas implicações, estava em marcha o processo de recuperação da empresa, tentando superar o quadro negativo. E, nos últimos meses de 2013, os resultados se reverteram de forma fantástica e a empresa decidiu manter as atividades e continuar investindo no país. Fomos, assim, a única operação em países emergentes que foi mantida pela TNT no mundo”, revela o executivo.
     
    A filial Brasil ganhou ainda um upgrade, sendo elevada à condição de Business Unit, reportando-se diretamente à matriz. “Ou seja, além de mantidas, as operações brasileiras ganharam importância dentro da empresa, que viu a tempo o potencial de crescimento do mercado”. Potencial que se confirmou no início deste ano, com o crescimento e os resultados positivos que, agora, a companhia espera que continuem melhorando. Com isto, a Holding TNT tem agora um novo diretor-presidente no país, Ignacio Garat, que já atendia ao Brasil desde a Europa e agora fica sediado aqui.
     
    FONTE: TECNOLOGISTICA
     
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