Um levantamento da Ticket Log identificou que, desde janeiro de 2021, houve uma alta expressiva no preço das peças veiculares. Em maio deste ano, o valor cobrado pelas montadoras acumulou aumento de cerca de 68% para peças de veículos de frota leve e em torno de 57% para pesados.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), o Brasil tem a quarta maior inflação do mundo, atrás apenas de Rússia, Argentina e Turquia. Além disso, incertezas em relação à pandemia de covid-19, conflitos entre países, variação cambial, alta no preço dos combustíveis e a crise global de semicondutores afetaram e ainda afetam o setor de frota.
VEÍCULOS PESADOS
No caso de veículos pesados, algumas peças registraram alta de quase 10% nos preços no primeiro trimestre do ano: filtro de combustível aumentou 7,32%, amortecedor 7,14%; filtro de óleo 6,9%; filtro de ar 6,8%; tambor de freio 6,5%; óleo de motor 15%.
Já para as frotas leves, os acréscimos foram de mais de 15% no mesmo período: discos de freio 12%; filtro de óleo 12%; filtro de ar motor 10%; filtro de combustível 8%; óleo de motor 14%; e filtro de ar-condicionado 10%.
“Como consequência do cenário atual, que inclui inflação e falta de oferta de semicondutores no mercado automobilístico, é normal que diminua o número de veículos novos nas ruas. Isso faz com que a frota circulante passe a entrar em um processo de envelhecimento, o que impulsiona a demanda por mais manutenção”, destaca Eduardo Fleck, diretor-geral de Especialidades de Frota e Mobilidade.
A Ticket Log também identificou que o índice de manutenções realizadas pelas empresas de frotas é mais frequente para reparos corretivos do que preventivos. Segundo a empresa, as manutenções preventivas para veículos pesados caíram 7% desde o primeiro semestre de 2019. Já as revisões preventivas, feitas em frotas leves, se mantiveram estáveis, com queda de 1% no período.
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