A taxa de vacância dos condomínios logísticos de alto padrão segue em queda no Brasil, demonstrando o aumento da atividade econômica no país. No segundo trimestre de 2024, o índice atingiu 9,2%, de acordo com a pesquisa First Look da JLL. Se trata do melhor desempenho desde 2013. A absorção bruta também bateu recorde, chegando a 2,1 milhões de m². O primeiro semestre fechou com absorção líquida de 1,3 milhão de m², sendo que 65% do volume de locações se deu entre abril e junho.
Do volume líquido de 848 mil m² ocupados em todo o Brasil, Shopee e Mercado Livre foram responsáveis por 32%, espalhados por estados como Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais. “Ambas as empresas têm sido grandes tomadoras de espaço ao longo dos últimos anos dentro de uma estratégia de ampliação da capilaridade, buscando baratear o custo do frete para o consumidor final”, pontua André Romano, gerente de Industrial e Logística da JLL.
O primeiro semestre do ano acumulou entrega de 1,2 milhão de m² de novo estoque. Parte desses novos espaços já tem entrado no mercado com pré-locações realizadas. “Registramos um aumento de 7,6% na média dos valores pedidos em todo o Brasil em um ano. Isso se deve ao alto volume de locações, mas também ao perfil das entregas que têm passado a integrar o estoque, com condomínios cada vez mais modernos”, avalia Rafael Picerni, da área de Pesquisa e Estratégia da JLL.
Fora do eixo SP, MG e RJ, onde se concentra o maior volume de movimentações, as maiores absorções foram de pré-locações, sendo a do Mercado Livre em Pernambuco, com 49,2 mil m², a mais relevante do trimestre. No Rio Grande do Sul, foram absorvidos quase 30 mil m², parte pelas Lojas Lebes e parte pela Natura. No Rio Grande do Norte, mais de 16 mil m² foram absorvidos em pré-locação realizada pela Ambev.