Desde o dia 15 de março, exportadores de bauxita, alumina, produtos cerâmicos e refratários buscam alternativas para transportar produtos para a Argentina. A carga era transportada por ferrovia, pela Malha Sul da Rumo ALL, conhecida como Corredor Mercosul. Mas, no fim do ano passado, a Brado – braço logístico da Rumo, avisou que a partir de maio encerraria o contrato com a LTI Logística, que presta serviços para companhias como Alcoa e Magnesita.
A Brado informou, por meio de nota, que se trata apenas de uma das operações da companhia que seria suspensa a partir de 1º de maio. Entretanto, o diretor da LTI, Elio Mariani, afirma que, desde 15 de março, não consegue embarcar nenhuma carga nova pelo Terminal de Tatuí (SP), onde os produtos eram colocados em vagões e seguiam pela ferrovia até Buenos Aires, por exemplo.
Por enquanto, os exportadores estão se desdobrando para tentar cumprir os contratos com o país vizinho. A bauxita, que tem um baixo valor agregado, tem sido enviada por navio, pelo Porto de Santos. Os demais seguem de caminhão até a fronteira e de lá são embarcados na ferrovia, pela companhia argentina. A mudança tem representado um aumento de custo de 20%.
Diante da medida, a Josapar também teve de começar a usar caminhões na operação que abastece São Paulo, o que elevou os custos em 25%. O maior custo ficou com o transporte de produtos para o Nordeste, que aumentou 60%.
Enquanto isso, a movimentação na Malha Sul cai ano após ano. Segundo dados da ANTT, em 2006, a empresa fazia 28,942 milhões de Toneladas Úteis – total de carga transportada. Em 2016, esse número diminuiu para 18,345 milhões, uma queda de 36%.
Fonte: Estadão Conteúdo