No ano passado, o setor de autopeças faturou R$ 163,3 bilhões, valor 29,6% superior ao registrado em 2020 e o maior volume de receitas pelo menos desde 2015. Segundo o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, esse crescimento foi influenciado pela inflação. “Tivemos crescimento importante com relação ao ano anterior, bastante influenciado pela inflação, mais do que pelo volume da atividade efetiva”.
O IPCA avançou 10% em 2021, o que exerceu influência direta para o comportamento dos custos do setor. Ao mesmo tempo em que a desvalorização do câmbio em 23% ao longo de 2020 foi em parte absorvida pelas margens de lucro das empresas e, o restante, repassado aos preços no ano passado. Outro ponto que contribuiu foi o fato de que quando a pandemia eclodiu no País, fábricas ficaram fechadas por até três meses.
Os investimentos também reagiram no ano passado. O setor aportou R$ 2,1 bilhões, quase o dobro de 2020, quando foi injetado R$ 1,1 bilhão. Em dólares também houve forte retomada, pois os US$ 390 milhões indicam incremento de 82,3%.
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O principal destino das vendas continua sendo as montadoras, com 57,5% da receita. A reposição avançou, com 19,7% do total, até pela idade da frota e por se tratar de um ano em que houve menor venda de veículos novos.
A exportação, em termos percentuais, com o embarque de 18,7% da produção, se manteve alinhada nos últimos dois anos, mas ficou melhor do que no pré-pandemia, ganhando terreno com relação à venda de 0 KM, de acordo com Ioschpe, que espera que haja retomada em 2022. O intrassetorial correspondeu a 4,1% do total.
Fonte: AutoData