A Scania inicia nesta semana na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a produção de caminhões movidos a GNV (gás natural), GNL (gás liquefeito) e biometano (obtido de resíduos orgânicos). Dessa forma, o Brasil se torna o único país fora da europa a produzir veículos dessa linha.
As versões a GNV e GNL são aptas a usarem também o biometano, ou seja, são veículos flex. No Brasil já ocorreram importações de caminhões a gás natural. No entanto, a produção local é inédita, de acordo com a empresa. A matriz sueca do grupo produz esse tipo de veículo desde 2014. Para a produção no País foram feitas adaptações, como reforços para uso em terrenos mais severos.
Transporte mais limpo
Com esse projeto, que consumiu boa parcela do plano de investimento da Scania de R$ 2,6 bilhões entre 2016 e 2020, a marca dá início ao plano sustentável. A ideia da montadora de ter a maior parte de seus produtos movidos a combustíveis alternativos.
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De acordo com o presidente da Scania Latin America, Christopher Podgorski,a Scania queria uma “solução de transporte mais limpa aqui e agora, e o gás é uma grande oportunidade devido sua abundância no País”. Segundo ele, o GNV emite de 10% a 15% menos CO² (dióxido de carbono) em relação ao diesel.
Além disso, 0 executivo informa que, se for medido só o que sai do escapamento, a nova linha de caminhões da Scania já atenderia a norma Euro 6. As entregas dos novos caminhões de grande porte aos clientes ocorrerá em março. Entretanto, não foi informado o número de caminhões vendidos.
Por ainda ter baixa escala produtiva, os preços dos novos veículos são entre 30% e 40% acima das versões a diesel, que custam a partir de R$ 400 mil. A Ambev já testa dois caminhões a GNL da Scania, para entregas de longa distância, e também dois caminhões elétricos da Volkswagen, para entregas dentro das cidades.