São Paulo deve começar a operar 60 ônibus elétricos neste ano

    A capital paulista deve começar a operar, ainda neste ano, 60 ônibus elétricos, abastecidos com energia solar. Os veículos, que rodam 300quilômetros com uma carga de duas horas e fazem mais de 60 km com um litro de combustível, vão circular por linhas que fazem percursos no centro e na zona leste da cidade.
     
    Segundo o secretário municipal de Transportes, Sergio Avelleda, o governo está sendo desafiado a montar a equação financeira para a paulatina substituição dos ônibus por veículos mais eficientes. “Nós queremos que, nos próximos contratos, os operadores tenham por meta, anualmente, reduzir a emissão de gases que provocam doenças respiratórias e efeitos no clima global”, afirmou.
     
    Para a São Paulo Transporte (SPTrans), a questão é financeira. Como todos os operadores da cidade têm sua remuneração calculada a partir dos custos de operação, combustível incluído, será preciso formatar um modelo que inclua a energia elétrica no valor pago aos empresários.
     
    A Ambiental opera a frota de trólebus elétricos da cidade, de cerca de 200 veículos, mas conta com mais 60 ônibus a movidos diesel. Serão esses os veículos trocados. Os painéis solares, que ficarão no teto das garagens, vão abastecer apenas essas unidades. Os trólebus continuam a rodar com energia retirada da rede elétrica comum, que atende a cidade.
     
    O ônibus elétrico custa cerca de R$ 1,2 milhão, o dobro do preço de um ônibus comum, sendo que mais da metade desse valor é da bateria, que tem durabilidade de 30 anos. A empresa tenta emplacar no Brasil um modelo de negócio que prevê por parte dos operadores a compra apenas do ônibus, sem a bateria, e a locação ou o leasing das células de energia, de modo que o que antes era gasto com o diesel pague o leasing da bateria em cinco anos.
     
    A licitação dos ônibus em São Paulo não fará exigência direta a nenhum tipo de combustível limpo. Trará apenas as metas de redução da emissão de poluentes. Assim, cada um dos operadores é que decidirá quais veículos utilizará para começar a reduzir a meta. A proposta da Prefeitura é que, atingindo as metas, o que incluirá outras exigências, como redução das reclamações, maior será a remuneração que os operadores vão receber.
     
    Fonte: Estadão
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