Porto de Paranaguá bate recorde em março

Investimentos em tecnologia, atualização de sistemas e ampliação de estrutura permitiram o aumento da produtividade.

Em março, a TCP (empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá) conquistou dois recordes de produtividade. Um deles é o número de passagens de contêineres no gate (entrada e saída de veículos). No mês, 42.322 contêineres acessaram o terminal, 1.028 a mais que o recorde anterior alcançado em agosto de 2019.

Segundo o gerente de operações da TCP, Felipe de França, este recorde foi um momento histórico para a empresa. “A demanda de mercado aumentou e, na época, tínhamos duas pistas fechadas devido às expansões. Graças ao aperfeiçoamento do sistema e investimentos pesados em tecnologia, conseguimos superar a demanda e bater este recorde. Seguimos com obras nos gates para ampliar o atendimento”.

Mudanças primordiais

Segundo a empresa, um dos fatores para o crescimento no número total de transações, foi a melhoria no sistema de agendamento, que agilizou o processo de atendimento. Outra mudança foi a implementação do aplicativo TCP GO, que trouxe mais praticidade aos motoristas e às transportadoras.

O aplicativo é uma alternativa on-line para a guia de agendamento impressa: por meio do celular, o caminhoneiro mostra o código QR Code e acessa o portão. O TCP GO também permite que o motorista acompanhe as alterações de datas e receba notificações atualizadas sobre a situação do terminal e das rodovias.

O crescimento de mercado, citado por França, ampliou a entrada de contêineres, permitindo o alcance do segundo recorde: o aumento de volume de contêiner reefer (contêiner com controle de temperatura).

Foram 21.356 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner) movimentados, número alcançado um mês após o último recorde do setor (20.810 movimentados). Quase 100% dos reefers utilizados no terminal são para o transporte de proteína congelada, sendo a maioria de frango (82%) e boi (12%). Segundo o sistema de dados Dataliner, entre os estados líderes em exportação estão o Mato Grosso, com carne bovina; e o Paraná, com frango congelado. 

De acordo com o gerente comercial e de atendimento ao cliente da TCP, Giovanni Guidolim, “devido a atual estrutura reefer do terminal, que conta com um elevado número de tomadas, nós conseguimos ofertar ao mercado uma flexibilidade na entrada antecipada das cargas. Isto favorece o recebimento das demandas do exportador e atende às necessidades do setor agropecuário. O resultado do trabalho é a TCP sendo líder mundial em movimentação de carne de frango congelada para exportação”.

Próximos passos

Para permanecer na liderança, até o final de 2023 o pátio reefer passará por um aumento de 43%. Guidolim comenta que “de 3.572 tomadas iremos para 5.126, o que nos mantém na liderança como a maior área reefer entre os terminais brasileiros. Para garantir a excelência nas novas tomadas, foi construída uma subestação de energia própria e a aquisição de 11 novos guindastes do tipo RTG (Rubber Tyred Gantry), que serão entregues até o final do ano”.

O modal ferroviário também é outro diferencial logístico vantajoso para o mercado de proteína, sendo a TCP o único terminal do sul do país com acesso direto a zona alfandegada. “A ferrovia é responsável por transportar um em cada cinco contêineres de exportação até a TCP e atende a diversas demandas, entre elas 25% da exportação de carne congelada”, explica Guidolim.

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