Poluição do ar provocou 432 mil mortes na União Europeia em 2013

    A contaminação do ar provocou 432 000 mortes prematuras nos Estados-membros da União Europeia (UE), nível semelhante ao dos anos anteriores, indica hoje um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEMA). A contaminação atmosférica, o principal risco de saúde do Meio Ambiente na Europa, reduz a esperança de vida e contribui para o surgimento de doenças cardíacas, respiratórias e cancerígenas.

    Segundo os dados no relatório, a AEMA estima que a exposição a outros dos principais contaminadores, como o ozono troposférico(O3) e o dióxido de nitrogénio (NO”), causou a morte prematura a, respetivamente, 17 000 e a 75 000 pessoas. Cerca de 87% da população urbana esteve exposta a concentrações de partículas de ar livre com um tamanho inferior a 2,5 microns (PM2,5), que excedem, porém, os valores fixados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), embora esse valor seja inferior em 9% aos padrões definidos pela UE.

    Seguir as recomendações da OMS implicaria reduzir em um terço as concentrações de PM2,5, o que ajudaria a melhorar a vida de 145 000 pessoas, refere-se no documento da AEMA, instituição com sede em Copenhaga.

    A exposição ao ozono nas cidades continua a níveis “muito altos” – 98% da população urbana da UE supera os limites da OMS -, enquanto nas zonas rurais a percentagem desce para 86%. No caso do dióxido de nitrogénio, que afeta diretamente o sistema respiratório, 9% da população urbana esteve exposta a concentrações superiores aos padrões da OMS e da UE. Os contaminadores do ar têm também um impacto “especialmente danoso” na vida vegetal e nos ecossistemas que está “amplamente disseminado” pela Europa, adverte a AEMA.

    “Apesar das melhorias sustentadas nas décadas mais recentes, a poluição atmosférica continua a afetar a saúde geral dos europeus, reduzindo a qualidade e a esperança de vida”, lê-se no documento da AEMA, liderada por Hans Bruyninckx. O secretário executivo da instituição lembrou ainda que os contaminadores têm também “um impacto económico considerável”, pois aumenta as despesas médicas e reduz a produtividade na sequência de baixas laborais.

    Fonte: Diário de Notícias

    Compartilhe nas redes sociais

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor, entre com seu comentário
    Por favor, entre com seu Nome aqui!