Planejamento logístico brasileiro deve ser pensado de forma conjunta, diz Santoro

O argumento foi defendido pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, durante painel do SuperAgro2023, em São Paulo (SP)

Planejar e organizar o desenvolvimento logístico do Brasil é uma tarefa que depende do esforço conjunto entre os setores público e privado. O argumento foi defendido pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, na terça-feira, 30, durante painel do SuperAgro2023, em São Paulo (SP). O evento foi organizado pela Revista Exame com o objetivo de reunir especialistas e autoridades para falar sobre o mercado agrícola.

De acordo com Santoro, é fundamental que o Plano Nacional de Logística em vigor seja revisado, levando em consideração dados atualizados, questões sociais e ambientais. “Estamos fazendo um acordo com os secretários de Fazenda dos estados para conseguir os dados num documento eletrônico em que constam a carga, o volume e o que está dentro daquela carga, como uma espécie de censo do setor de transportes”, explicou.

Com as informações atualizadas, a gestão poderá reavaliar os projetos da carteira, que conta com mais de 20 rodovias e 15 ferrovias. “Só vamos conseguir melhorar e priorizar esses projetos, conversando com todos os estados e com o setor privado, para daí construirmos o novo planejamento da logística brasileira”, afirmou.

Intermodalidade

Essa sinergia entre os setores também será fundamental para pensar mecanismos de armazenagem, de forma que a oferta acompanhe o ritmo de crescimento da produção agrícola. Segundo ele, atualmente, o Brasil necessita mais que dobrar a armazenagem existente e provavelmente essa demanda será ainda maior nos próximos anos. “É preciso o governo também incentivar e construir projetos nesse sentido”, concluiu.

Durante o painel, Santoro citou o empenho do ministério em obras estruturantes como as melhorias na BR-163/MT; a duplicação da BR-101; e pela criação de uma rota bioceânica que faça a ligação rodoviária entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, facilitando a integração regional.

Compartilhe nas redes sociais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, entre com seu comentário
Por favor, entre com seu Nome aqui!