PF e CNT buscam atuação integrada para combater roubo de cargas

    A CNT (Confederação Nacional do Transporte) e a PF (Polícia Federal) buscam uma atuação integrada entre órgãos públicos e o setor privado para fortalecer o combate ao roubo de cargas no Brasil.

    O crime é uma das grandes preocupações do setor, que, em 2014, amargou um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões em razão dessas ocorrências. O valor, segundo levantamento da NTC&Logística (Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística), contabiliza as cargas perdidas e os caminhões não recuperados após os ataques criminosos.

    O tema foi discutido durante o IV Encontro de Chefes de Delegacias de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas, em Florianópolis-SC.

    A inexistência dessa integração dificulta no levantamento de estatísticas que permitam uma atuação estratégica das forças de segurança. Segundo o chefe da DPAT (Divisão de Combate a Crimes contra o Patrimônio), Luiz Flavio Zampronha, faltam dados consistentes sobre a quantidade de ocorrências e suas características. “As informações vêm das polícias civis ou chegam de forma isolada à Polícia Federal“, relata.

    Segundo o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, que classifica o roubo de cargas como um problema de abrangência nacional, apenas no ano passado foram 17,5 mil ocorrências.

    Isso porque faltam bons sistemas de informação que consolidem dados da maioria dos estados. “Hoje, a única região que faz acompanhamento sistemático é a Sudeste – que concentra 85% dos casos de roubo de cargas no país. E o que é pior é que não conseguimos fazer um mapeamento preciso”, declara.

    Prejuízos

    Uma dificuldade vivenciada pelos transportadores é a insuficiência e falta de segurança em pontos de parada, segundo o presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros),José da Fonseca Lopes. Em São Paulo – estado que concentra a maior parte de casos, com cinco mil ocorrências somente neste ano -, 18% dos ataques criminosos ocorreram em pontos de parada e em 16% quando os caminhões estavam parados nos acostamentos. Os dados indicam, ainda, que 63% foram com o veículo em movimento.

    Fonte: Agência CNT de Notícias

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