Petrobrás prevê reajustes mais freqüentes da gasolina em 2015

    A Petrobrás projeta para 2015 um ano de reajustes mais tímidos, porém, mais freqüentes. A indicação foi dada ontem pela presidente da estatal, Graça Foster, durante apresentação para explicar atrasos na divulgação do resultado financeiro do terceiro semestre. Neste ano, o governo autorizou um único aumento para a gasolina e o diesel, de 3% a 5%, respectivamente. Em 2013, os preços foram reajustados três vezes.

    Com mais aumentos de preços de combustíveis, Graça espera engordar o caixa e fazer frente à necessidade de investimento da empresa. Outra alternativa é dar continuidade ao programa de venda de ativos que não são considerados estratégicos. Na semana passada, a empresa anunciou a venda de sua subsidiária no Peru, o que elevou o total arrecadado com desinvestimentos a US$ 8,9 bilhões, ou mais de 80% da meta até 2018, de US$ 11 bilhões.

    No curto prazo, a expectativa da companhia é que a desvalorização do barril de petróleo no mercado internacional também ajude a reunir recursos. “Um Brent (tipo de petróleo negociado na Bolsa de Londres) mais baixo e um real mais depreciado fazem diferença ma geração de receita”, disse Graça. Como a Petrobrás é importadora de petróleo e de derivados, a queda do preço do barril ajuda a reduzir os seus custos.

    Mas, já em 2015, o volume exportado deve ser maior do que o importado e a desvalorização do barril não será mais benéfica à companhia. A aposta da empresa é que o barril feche, em média, em US$ 105 em 2014 e, em 2018, caia para US$ 85. As projeções de novos patamares de preço farão parte do plano de negócios que será divulgado entre maio e abril do ano que vem.

     

     

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