Lançada de forma inédita nesta terça-feira (8), a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros traz vários insights sobre a situação e perfil das empresas no setor. As informações foram fornecidas por empresários do segmento no primeiro semestre deste ano. O setor conta com 1.577 empresas de ônibus urbanos em operação no Brasil e, aproximadamente, 107 mil ônibus.
A ideia é detalhar de forma minuciosa as características das empresas em aspectos como frota, operação, mão de obra e investimentos. Também questões relacionadas às gestões ambientais e de riscos e formas de pagamento, bem como os impasses relacionados à política tarifária vigente. A visão das empresas e os principais desafios do setor fecham o escopo da sondagem.
Reajuste da tarifa é dificuldade
Quando o assunto é tarifa. mais de metade (56,9%) considera que a dificuldade em reajustar o valor das tarifas é um dos principais problemas. Além disso, 36,2% têm a tarifa paga pelo passageiro como a única forma de remuneração definida em contrato e 51% não recebem qualquer subsídio do governo.
O fim do cobrador
Exatamente 90,2% das empresas já tem uma linha da frota operando sem a função do cobrador, e 91,4% utilizam o sistema de bilhetagem eletrônica. Os dados apontam, realmente, para o fim da função.
Violência assola
Entre as empresas que participaram da pesquisa, 59,2% já foram vítimas de assalto no último ano e 40,2% sofreram depredação. Mas o número que talvez mais assuste é o de incêndios. 20,1% já tiveram veículos incendiados.
Custos e Sustentabilidade
A principal dificuldade apontada no geral foi o preço do diesel (74,1%). Enquanto isso, 74,7% da empresas monitoram o uso desse combustível como uma forma de minimizar os danos. Outro ponto citado foi a sobrecarga nos custos das companhias com a manutenção do veículo. 72,4% reclamaram disso.
Para governos locais, a pesquisa, feita pela CNT e NTU, ajuda a definir a priorização de investimentos no setor e, consequentemente, a alocação de esforços. Os dados apresentados também podem apoiar na elaboração de planos e políticas de mobilidade urbana.