Pelo ritmo das conversações nos últimos meses com a BYD do Brasil, tudo indica que, nos próximos anos, a eletrificação será uma realidade em várias capitais e cidades brasileiras. Capitais como São Paulo (SP), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Cuiabá (MT), Belém (PA) e Porto Alegre (RS) estão em conversações ou em negociações com a multinacional chinesa para a aquisição de ônibus elétricos, dando início a uma era em que a sustentabilidade pode avançar em um setor em que motores a diesel reinam por décadas. O interesse também vem de cidades como Ponta Grossa (PR) e Campinas (SP).
“Temos mantido conversações com gestores de vários sistemas de transportes de capitais e de cidades do interior que estão interessadas em eletrificação. As conversas mais adiantadas estão com as cidades de São Paulo e Goiânia”, afirma Bruno Paiva, diretor da Divisão de Ônibus da BYD do Brasil.
Segundo ele, para atender a demanda, pois somente a cidade de São Paulo prevê a aquisição de 3 mil ônibus até 2025, a BYD deve ampliar a sua unidade fabril, localizada em Campinas. “Esses ônibus elétricos para a capital paulista estão sendo comprados por operadores privados. As aquisições estão previstas até 2025”, explica o executivo.
A onda de pedidos, no entanto, já repercutiu na BYD que está ampliando a sua capacidade, passando da produção de 6 chassis de ônibus elétricos/dia para 8 chassis de ônibus elétricos/dia a partir do mês que vem.
O executivo lembra que a eletrificação teve seu início na China, em 2009, começou a despontar na Europa em 2014, e chegou na América do Sul em 2017. “Atualmente, a cidade de Santiago, no Chile, está com uma frota próxima a 800 ônibus elétricos, 435 da BYD. Já a Colômbia, na capital Bogotá são 1485 ônibus elétricos em operação, todos da BYD”, explica.
Outro grande apostador desse mercado, os Estados Unidos, já conta com aproximadamente 6 mil ônibus elétricos rodando.
Dados indicam que cada ônibus 100% elétrico BYD evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo (considerando 72.000 km rodados/ano).