Para Otávio Cunha, da NTU, condições do Refrota tem de ser atrativas

    Apesar de aplaudir o lançamento do Refrota, programa de aquisição de ônibus novos para o transporte urbano com recursos do FGTS , anunciado ontem (18) pelo governo federal, o presidente da NTU (Associação Nacional dos Transportes Urbanos), Otavio Cunha, vê com apreensão os entraves para obtenção do financiamento junto à Caixa Econômica Federal.

    “O Refrota é um programa bem-vindo para o setor. Chega num momento importante, porque a compra está paralisada e é preciso haver renovação. Porém, a maior dificuldade é o enquadramento das empresas nas exigências de crédito da Caixa, em razão da análise de risco”, comenta o dirigente. Segundo ele,  o setor já promoveu reuniões para debater o tema e, agora, aguarda a definição de regras e condições de financiamento pelo banco, que sejam atrativas para as empresas. Por essa razão, não há prazo para as operadoras apresentarem as propostas de acesso aos recursos junto ao agente financeiro.

    Otávio Cunha lembra que a crise econômica, combinada com a defasagem tarifária e a queda no número de passageiros nos últimos anos dificultaram a realização de investimentos por parte das empresas que operam o transporte coletivo urbano por ônibus. Tais fatos também impactaram também nos resultados da indústria automotiva, que amargou queda de 33,5% nas vendas de chassis de ônibus no mercado interno em 2016.

    Não sem motivo, o presidente da NTU diz que a disponibilização do recurso é importante para o setor, para possibilitar a renovação da frota cuja idade média é de 4 anos e 10 meses.  Nas contas de Otávio Cunha, os operadores do sistema tem capacidade para renovar 15 mil ônibus por ano.

     

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