Levantamento da CNT mostra que recursos adquiridos por meio de leilões, concessões de aeroportos, portos e rodovias não retornam para a pasta de infraestrutura. O Estadão teve acesso a um estudo da Confederação Nacional do Transporte, a CNT, que mapeou o destino dos recursos desde 2001.
No período das últimas duas décadas, o levantamento da entidade mostra que foram arrecadados mais de R$ 230 bilhões de reais com essas fontes da pasta de infraestrutura. No entanto, apenas 1,8% desse montante foi destinado em obras e melhorias dentro da pasta de infraestrutura. Enquanto isso, 69,5% (162 bi de reais) foram utilizados no pagamento de dívidas e demais encargos do Governo Federal.
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Segundo Vander Costa, presidente da CNT, esse desequilíbrio no aproveitamento de recursos com o setor prejudica o crescimento da infraestrutura há anos. “Descompassos de investimento prejudicam empresas e o crescimento do país. Garantir múltiplas formas de financiamento é essencial. A infraestrutura de transporte é a base para o funcionamento da economia. Dessa forma, quanto mais ela for desenvolvida, maior será a interação entre pessoas e mercados e, consequentemente, melhor será o desempenho socioeconômico.”