“O maior custo esconde a oportunidade de melhoria”, alerta especialista

Bruno Cairo comenta sobre o setor logístico e tecnologia

Quando se fala de logística, a busca pelo aumento da eficiência e agilidade é sempre uma constante. Todas as empresas querem achar a fórmula perfeita para otimizar os processos e reduzir custos. E, ao que parece, essa resposta passa pelo uso da tecnologia, mais especificamente da inteligência artificial.

Para Bruno Cairo, CEO da transportadora Bulog, a utilização de inteligência artificial para melhorar a performance dos processos vai além do uso estratégico. Mas, também, é uma forma de se manter atualizado em todas as novidades que o setor proporciona.

O uso de softwares para otimizar o operacional de transportadoras não é mais
uma novidade no nicho. Mas, o que traz o diferencial, é a forma em que a tecnologia é utilizada de acordo com a demanda do cliente”, explica.

Na realidade, a discussão evoluiu bastante nos últimos anos, principalmente por conta da pandemia. Se antes as empresas poderiam “atrasar” a implementação tecnológica, agora é obrigação. E o “pulo do gato” é entender qual a forma mais inteligente de fazer isso.

Bruno comenta que antes as empresas viam o avanço tecnologia no setor logístico como um custo.  “A visão de logística das empresas pode ser dividida em duas fases, pré e pós isolamento social. Antes os negócios viam a logística como um custo e, hoje, quando bem construída, é fator de competitividade entre empresas, além de ser essencial para a sobrevivência do negócio”.

Bruno Cairo é sócio-fundador da Bulog e viabilizou a empresa como uma plataforma de soluções de frete de fácil acesso, que atende negócios de todos os segmentos.

Dependência

O setor de logística foi um dos que mais cresceu na pandemia pela necessidade de confinamento. Pessoas ficaram confinadas, mas as demandas básicas continuaram.

Alguns números confirmam isso. Segundo uma pesquisa da consultoria Kantar, o setor aumentou cerca de 30% nos últimos anos. Junto à isso o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) diz houve um aumento de 64% de novas oportunidades no setor, dentro do mesmo período.

Além dos dados, a percepção das pessoas em relação ao setor também mudou. Bruno analisa:

Até pouco tempo atrás as empresas não enxergavam os processos de supply chain e transporte como algo que influenciasse a experiência do cliente na ponta, até que o mundo inteiro passou a ser dependente dos serviços de entrega e armazenamento. Com isso, viu-se que processos de distribuição ajustados e transportes rápidos e eficientes geravam uma maior satisfação e, consequentemente, um maior índice de retorno e fidelização para o negócio principal. O maior custo de uma empresa “esconde” a maior oportunidade de melhoria, melhores margens, melhores lucros e melhor experiência do cliente, principalmente se falarmos de logística.” 

Futuro tech

O Brasil, atualmente, ocupa a posição 56ª no ranking Logistics Performance Index (LPI) do Banco Mundial, segundo a previsão da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o investimento privado no segmento deve ser de cerca de R$124,3 bilhões entre 2022 e 2026.

E com certeza tudo isso será amparado pelo desenvolvimento tecnológico no setor. A inteligência artificial já é realidade. No caso da Bulog, Bruno explica que a empresa opera com um sistema integrativo que otimiza a cotação de fretes para empresas B2B e B2C, em que busca proporcionar o melhor custo-benefício para o cliente.

“Trazemos para o mercado a junção de softwares com humanização de processos. Então, além de automatizar de forma rápida o valor da cotação, temos também a personalização de rotas. Em conjunto com a tecnologia, calculamos possíveis imprevistos do trajetos e conseguimos entregar até antecipadamente, em alguns casos as cargas, o que traz, também, economia de tempo.”

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