Nos seis primeiros meses de 2019, quase 56 mil multas por excesso de velocidade foram registradas em rodovias federais no Rio Grande do Sul com o uso de radares móveis, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado. No entanto, o número é 19,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado — 69.678.
O presidente Jair Bolsonaro criticou a utilização desse medidor de velocidade nesta semana. Na segunda-feira (12), em visita oficial ao Rio Grande do Sul, o chefe do Executivo disse que o equipamento não será mais utilizado no país a partir da semana que vem. Segundo o entendimento de Bolsonaro, a ferramenta não está sendo utilizada da maneira adequada, penalizando o contribuinte.
Por enquanto, em todo o estado, a PRF conta com o auxílio de 22 radares móveis. Destes, dezesseis medem a velocidade e capturam a imagem do veículo infrator e outros seis registram somente a quantos km/h trafega determinado automóvel.
Ainda mais, Justiça valida acordo para instalação de 1.140 novos radares nas rodovias federais
A escolha das rodovias em que os equipamentos são utilizados ocorre com base em estudos sobre acidentalidade. Entretanto, até o dia 14, o órgão não havia recebido nenhuma orientação para suspender o uso dos equipamentos.
Em 2018, 130.360 multas foram aplicadas com o uso de radares móveis em rodovias federais no RS. Dentre essas, 128.486 por meio de dispositivo que mede velocidade e faz registro de foto, e 1.874 com o auxílio de aparelho que constata apenas a velocidade. Ao todo, a soma dos valores dessas autuações resultou em R$ 19 milhões.
No primeiro semestre deste ano, foram 55.920 multas. Do total, 55.284 por meio de radar com foto e 636 com ferramenta sem esse recurso. Esse montante corresponde a R$ 8,2 milhões.