Pesquisa mostra que o frete ainda está defasado

Estudo da NTC&Logística apontou problemas nos números do frete durante os últimos três anos

Mesmo 2024 sendo um ano com o mercado aquecido para o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), não foi o suficiente para compensar a defasagem acumulada dos últimos anos. Uma recente pesquisa feita pelo DECOPE/NTC apontou que ainda existe uma defasagem média no TRC de 13,0%. Deste número, 10,6% são referentes ao transporte de carga fracionada e de 14,7% na carga lotação.

Por vezes os números recentes podem acabar mascarando alguma situação que se perdura há tempos. Por exemplo, o combustível, antes do recente anúncio de aumento pela Petrobras, em 31 de janeiro de 2025, estava praticamente estável nos 18 meses anteriores, sendo que, considerando os últimos 3 anos, já acumula uma alta de 12,6%. O preço do caminhão é outro exemplo: variou 5,8% no último ano, porém, em 36 meses, o acumulado atingiu 51,6%.

Variação ao longo de três anos de caminhões, frete e combustível

O Índice Nacional de Custos de Transporte – INCT, que mede a inflação do serviço de transporte de carga, também reflete bem essa situação, pois, apesar da variação, em 2024, de 4,86% na fracionada e de 6,7% para a lotação, estar bem próxima da inflação geral medida pelo IPCA, de 4,83% em 2024, quando comparado com o acumulado dos últimos 3 anos, a diferença é significativa, alcançando +12,93% na lotação e +3,27% na fracionada.

Em 2025 o ano já começou com certa dificuldade. Pressão sobre os custos, aumento do diesel, variação do ICMS e aumento da taxa de juros (Selic). E tudo isso não está considerado na defasagem apurada acima, pois são fatores que surgiram depois de finalizada a pesquisa, o que dá a certeza de que, hoje, a defasagem já é maior do que a identificada na pesquisa, chegando a +3,7%, em média” Afirma DECOPE em pesquisa publicada.

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