Jamef quer crescer no aéreo com relançamento do modal

A queda na movimentação de cargas deste ano não intimidou a empresa, que continua mirando em bons resultados

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Mesmo com a queda registrado em 2023 no movimento de cargas aéreas nacionais, segundo o Painel CNT do Transporte Aéreo, a Jamef acredita na expansão do modal rodoaéreo. Para Álvaro Duarte, coordenador do setor aéreo da Jamef, tudo indica que o segmento vai continuar em expansão nos próximos anos, o que levou a empresa a  relançar o serviço em nível nacional.

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Álvaro Duarte, coordenador do setor aéreo da Jamef

Apesar de já atuar no segmento, mas de maneira pontual para atender apenas às necessidades de alguns clientes, a Jamef resolveu que era hora de investir e se firmar de vez na modalidade. Agora, o objetivo é expandir e colocar em prática toda a estrutura e conhecimento que a empresa possui no transporte rodoaéreo.

Na entrevista que segue, concedida com exclusividade para o portal Frota&Cia Online, Duarte fala do relançamento do modal e as expectativas da empresa com a iniciativa. Confira.

Frota&Cia: O que levou a empresa a relançar o modal rodoaéreo?

Alvaro Duarte: Relançamos o serviço aéreo com expectativa de crescimento de 35% e ao longo de seis meses alcançar 50%. A Jamef atende todo o território brasileiro e temos pessoas qualificadas cuidando das cargas de nossos clientes até a última milha. O foco do transporte aéreo são pequenas cargas e temos crescido. Tínhamos o serviço aéreo desde o início, mas de forma a atender algumas pontualidades de alguns clientes. Agora, entendemos que precisamos avançar novos passos para crescer. Nós relançamos para mostrar aos nossos clientes essa modalidade. Hoje, trabalhamos com três tipos de serviços: serviço convencional, serviço emergencial ou próximo voo e serviço hotline. O convencional tem um acordo com o cliente que o nosso prazo de entrega é “x”. O serviço “próximo voo” ou emergencial tem um acordo com prazo menor, mais urgente. E no hotline temos um tempo curto para chegar no destino que o cliente deseja que seu material esteja, a carga desce do voo e sai direto para entrega.

Frota&Cia: Qual o alcance no serviço e as pretensões da empresa?

Alvaro Duarte: Temos procurado expandir cada vez mais no país. Hoje trabalhamos apenas com voos domésticos, somente território brasileiro, e vendo a procura dos nossos clientes, que não tinham conhecimento do modal na Jamef, esclarecemos essas informações para que o cliente possa decidir se, por exemplo, vai à Bahia de aéreo ou rodoviário. A Jamef entende que o cliente precisa decidir e nós ajudamos ele nessa decisão com informações sobre o prazo que levará para cada modal, além das questões de custo. Assim, o cliente escolhe o que é melhor para ele, para o cliente dele e a Jamef está no meio para atender. A intenção, em resumo, é atender a necessidade do cliente e se esforçar cada vez mais para isso. Crescer gradativamente também está nos planos, sem deixar a nossa qualidade de lado.

Frota&Cia: Como anda o movimento de cargas na atualidade?

Alvaro Duarte: Nós temos crescido após o lançamento, aproximadamente 35%. Em volumes, embarcamos aproximadamente 15 mil itens e 100 toneladas, no passado o volume era menor.

Frota&Cia: A IATA divulgou recentemente uma queda no movimento de cargas aéreas. Isso vai afetar a Jamef?

Alvaro Duarte: Somos uma empresa sólida e estudamos bastante o mercado, no sentido de trazer a qualidade que outros players talvez não estejam trazendo aos clientes. Por isso, não vai nos afetar. A Jamef não compete com a companhia aérea, e hoje trabalhamos com as três maiores do Brasil, então eles já têm aquela carga. A companhia aérea embarca uma quantidade de cargas, mas atende vários players e a Jamef tem crescido porque esses clientes de outros players vem para a nossa empresa porque temos qualidade e equipe especializada. Mesmo que a IATA mostre esse número, o mercado aéreo no Brasil é extenso e possui poucas aeronaves, então não temos nos intimidado com isso porque o nosso crescimento tem sido gradativo.

Frota&Cia: Quais as expectativas da empresa com o modal para esse ano?

Alvaro Duarte: A expectativa é trazer cada vez mais satisfação para o cliente. Atendemos todo o território nacional no aéreo e pretendemos trazer esse crescimento oferecendo qualidade sempre. Crescer é fundamental, mas manter isso é ainda mais importante

Frota&Cia: Existe alguma dificuldade para esse tipo de transporte no Brasil?

Alvaro Duarte: Eu vejo que, de modo geral, a grande dificuldade de outras empresas é não ter extensão e conhecimento. Precisamos entender como se organiza nosso país e o que podemos oferecer no tempo que o cliente precisa.

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