Iveco inaugura fábrica de Veículos de Defesa em Minas Gerais

Unidade é responsável pela fabricação do blindado Guarani

Unidade é responsável pela fabricação do blindado Guarani

A excelência adquirida pela Iveco em sete décadas na fabricação de veículos de defesa na Itália une sua história em caráter definitivo com o Brasil e Minas Gerais nesta quinta-feira, dia 13. A data marca a inauguração da primeira fábrica de Veículos de Defesa da empresa fora do continente europeu. Localizada em uma área de 30 mil metros quadrados – 18 mil de área construída –, no Complexo Industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG), a nova unidade produtiva é responsável pela produção dos veículos blindados VBTP-MR, conhecidos como Guarani, frutos da parceria da empresa com o Exército Brasileiro, com alto grau de tecnologia nacional agregada.

“A inauguração da fábrica é mais uma prova da confiança da Iveco no mercado brasileiro, onde investimos constantemente desde o início das nossas atividades, em 1997. A partir de então, a Iveco teve ao menos uma grande realização a cada ano, o que nos permitiu nos tornar não só uma fabricante full liner, mas também uma empresa capaz de entregar soluções de ponta em veículos especiais, como ônibus, caminhões de combate a incêndio e unidades de defesa. A fábrica que entregamos hoje é prova de que detemos um forte e consolidado know-how em todas as áreas do transporte”, afirma Marco Mazzu, presidente da Fiat Industrial Latin America.

Os investimentos realizados pela fabricante em solo brasileiro no passado recente endossam as palavras do dirigente. Apenas nos últimos seis anos, a Iveco somou a uma linha de veículos comerciais leves e médios uma unidade produtiva de caminhões pesados. Além disso,  inaugurou, no Complexo Industrial de Sete Lagoas, o único Centro de Desenvolvimento do Produto da marca fora da Europa, tornando a empresa capaz de projetar veículos sintonizados com as especificidades dos clientes locais. Por fim, a Iveco renovou recentemente toda a sua linha de veículos comerciais, lançando a família Ecoline, com caminhões mais eficientes, econômicos e com baixos custos operacionais.

A unidade de Veículos de Defesa é um passo adicional nesse processo de crescimento, em que a Iveco se mostra apta a atingir novas fatias de mercado, a dos chamados veículos especiais. São segmentos de atuação em que a fabricante já possui mercado consolidado em várias partes do mundo e que, gradativamente, estão sendo trazidos para o mercado brasileiro. É o caso dos ônibus, cuja produção comercial se iniciou em 2012; da linha de combate a incêndios Iveco Magirus, que estará presente nos aeroportos brasileiros a partir de 2014; e, agora, da unidade de Veículos de Defesa.

“Acreditamos que a inauguração dessa fábrica seja um motivo de orgulho para Minas Gerais e para o Brasil, agora posicionados novamente entre o seleto clube mundial de produtores desse tipo de tecnologia. A qualidade do Guarani o coloca também como um produto apto a ser exportado, o que irá levar o nome do estado e do País além das nossas fronteiras. Ressaltamos que a produção deste veículo blindado é apenas o primeiro passo de nossas ações com Veículos de Defesa no país”, completa Mazzu.

Projeto e fábrica

A inauguração da fábrica marca a etapa mais importante da parceria iniciada em 2007 com as Forças Armadas. Em agosto de 2012, foi iniciada a produção industrial do Guarani. Atualmente, a Iveco trabalha no desenvolvimento de um lote de 86 veículos para experimentação doutrinária do Guarani pelo Exército Brasileiro. Os primeiros deles foram produzidos e entregues ainda no final de 2012.

O VBTP-MR Guarani é capaz de transportar até 11 pessoas. Comíndice de nacionalização superior a 60%, incluindo trem de força e chassi, o veículo tem peso bruto total de 18 toneladas, tração 6×6 e é impulsionado pelo motor diesel Cursor 9, da FPT Industrial, com 383 cv de potência máxima. Ele conta ainda com transmissão automática e capacidade anfíbia. As dimensões básicas do blindado são 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura, o que o permite ser transportado pela aeronave KC-390, da Embraer.

O veículo é dotado de tecnologia de ponta, incluindo itens como sistema automático de detecção e extinção de incêndio com oito extintores, capacidade de operação noturna de série, posicionamento global por satélite (GPS), ar-condicionado e elevadas proteção balística e antiminas, além de contar com excelente ergonomia.

A missão inicial do projeto Guarani é substituir a frota atual de blindados de transporte de tropas do Exército, basicamente formada por modelos tipo EE-11 Urutu. O novo veículo também será a plataforma-base de uma família de blindados médios de rodas que poderá ter até mais dez versões diferentes, incluindo veículos de reconhecimento, socorro, posto de comando, comunicações, oficina e ambulância, entre outras.

Para o desenvolvimento e fabricação inicial do Guarani, a Iveco celebrou contratos com o Exército Brasileiro que aportaram mais de R$ 282 milhões e investiu aproximadamente R$ 55 milhões, empregados também na construção da unidade produtiva. O montante resultou em uma estrutura concebida nos conceitos de lean manufacturing, ou manufatura enxuta, com ênfase na organização do processo produtivo, layout da fábrica e eliminação de desperdícios. Além disso, o projeto contemplou estruturas e dispositivos que permitem o trabalho dos funcionários com o máximo conforto e ergonomia.

“Estamos prontos para iniciar já neste ano a busca pela certificação em World Class Manufacturing (WCM), conjunto de padrões de excelência em processos produtivos e da adoção das melhores práticas de trabalho”, afirma Paolo del Noce, diretor de Veículos Especiais da Fiat Industrial Latin America.

Operando em capacidade máxima, a fábrica será capaz de entregar mais de 100 veículos blindados por ano, podendo chegar a 200, conforme a demanda, e irá empregar 350 pessoas diretamente, além de gerar aproximadamente 1.400 postos de trabalho indiretos. A atividade da Iveco Veículos de Defesa no Brasil irá também fomentar o desenvolvimento de uma grande quantidade de fornecedores diretos e indiretos na fabricação de uma tecnologia específica de ponta, capaz de atender demandas dos mercados interno e externo.

Fonte: Divulgação

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