A indústria de implementos rodoviários consolida recuperação e registrou de janeiro a maio de 2021 crescimento de 67,56% com relação a 2020. Neste período foram emplacados 62.522 unidades ante 37.332 de janeiro a maio de 2020. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).
As vendas estão sendo suportadas por segmentos como agronegócio, construção civil e infraestrutura, onde os produtos mais procurados são da linha pesada.
Entretanto, os aumentos aplicados nos insumos básicos para o setor podem prejudicar seu desempenho. O aço, por exemplo, é a matéria-prima que representa, em média, 70% dos insumos utilizados em praticamente todos os implementos rodoviários produzidos no Brasil.
De acordo com pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o aço tem recebido reajustes frequentes. De janeiro de 2020 a março de 2021, o preço do insumo sofreu variação média de 79%, com pico de 126,8% nos laminados planos de aço inoxidável. No início de maio, as siderúrgicas anunciaram aumentos que variam de 10% a 18% e mais 15% em junho, quinto reajuste do ano.
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“Estamos em plena recuperação da economia e não é oportuno aplicar reajuste em insumos tão essenciais como o aço”, afirma Spricigo. Por conta da retomada nos negócios, as empresas associadas a ANFIR estão absorvendo parte dos aumentos. “Não é possivel repassar ao cliente e isso compromete a situação da indústria”, diz, lembrando que por conta da recuperação dos negócios as empresas associadas à ANFIR geraram aproximadamente 800 empregos diretos e hoje dispõem 45.450 pessoas trabalhando em sua produção.