Preços ao produtor avançam 0,92% em agosto, aponta IBGE

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede preços para a indústria extrativa e de transformação, avançou 0,92% em agosto.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede preços para a indústria extrativa e de transformação, avançou 0,92% em agosto. Os dados são de acordo com informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado vem após uma queda de 1,20% do índice em julho, dado revisado de queda divulgada anteriormente de 1,24%. Agora, o IPP passou a acumular altas de 2,48% no ano e de 1,43% em 12 meses.

O indicador mede a variação de preços dos produtos “na porta da fábrica”. Portanto, sem impostos e frete, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 7,67% em agosto, após queda de 1,27% em julho. Além disso, a indústria de transformação registrou avanço de 0,57% no IPP de agosto, após uma baixa de 1,19% no mês anterior.

O IPP é usado como deflator da indústria dentro das Contas Nacionais, pesquisa que mede o Produto Interno Bruto (PIB). Outra funcionalidade do índice de preços ao produtor é servir de indexador de reajuste para alguns contratos.

Minério de ferro em alta

Das 24 atividades das indústrias de transformação e extrativa pesquisadas, 20 tiveram variações positivas de preços em agosto.

Os preços que mais contribuíram para a inflação de agosto foram da indústria extrativa, que avançaram 7,67% em agosto. A atividade passou a acumular agora avanço de preços de 30,36% no ano e 31,44% em 12 meses.

Segundo Alexandre Brandão, gerente da pesquisa, o destaque ficou com o minério de ferro. “Os preços subiram no exterior e, além disso, houve uma depreciação do real ante o dólar. Isso encarece preços em reais”, explicou.

Também influenciou o resultado o avanço dos preços dos alimentos, especialmente produtos como soja, carne bovina e leite. Os alimentos ficaram 0,98% mais caros em agosto, após queda de 1,61% no mês anterior.

“Os preços das carnes têm subido, entre outros fatores, pelo aumento da demanda da China por proteínas, após a gripe suína afetar a produção local”, disse o pesquisador.

Outras atividades em alta no mês foram bens de transportes (3,65%), fumo (3,29%), metalurgia (1,99%) perfumaria e sabões (1,36%), informática (1,34%), madeira (0,93%), metal (0,82%), couro (0,54%), têxteis (0,45%), máquinas e equipamentos (0,36%).

As quatro atividades com queda de preços no mês foram papel e celulose (-1,07%), farmacêutica (-0,50%), derivados de petróleo (-0,33%) e veículos (-0,02%).

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