Governo prepara desregulamentação do setor de etanol

Não haverá interferência no preço, diz secretário do Ministério da Economia

O governo não irá interferir no preço do etanol e pretende programar a retirada de restrições regulatórias do setor, e pretende investir alto no Etanol
Produção de cana//Foto Sergio Ranalli Ed. Globo

governo não irá interferir no preço do etanol e pretende programar a retirada de restrições regulatórias do setor. Quem afirmou isso, nesta terça-feira (18/6), foi o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, Alexandre Manoel da Silva.

Ainda de acordo com o ministro, a emissão de debentures incentivadas de infraestrutura verde faz parte da pauta de incentivo à geração de energia limpa. “A produção de bioenergia é um exemplo de eficiência, com poucas perdas”, disse Silva. O ministro falou durante o evento Ethanol Summit, sobre biocombustíveis, realizado em São Paulo.

Ele também anunciou que as metas compulsórias de longo prazo do RenovaBio, programa nacional de biocombustíveis, deverão ser aprovadas no próximo dia 24 pelo Conselho Nacional de Política Energética. Entretanto, o secretário não detalhou as metas.

Veja também: Etanol evita emissão de 535 mi de toneladas de CO2

O RenovaBio deve injetar cerca de R$ 13 bilhões por ano na economia. Assim, o governo estima que R$ 9 bilhões serão investidos na renovação dos canaviais. Ao mesmo tempo, cerca de R$ 4 bilhões devem ser gerados com o aumento da produção de cana de açúcar.

Aumento no investimento

Silva também afirmou que não considera razoável o volume de subsídios voltados ao setor de energia. “Atualmente, R$ 19 bilhões são direcionados ao segmento, contra R$ 5 bilhões em 2006 ou 2007, sem ganhos de eficiência”, disse. Na segunda, 17, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) chamou a atenção para as políticas de incentivo ao setor privado, que, segundo ele, somam mais de R$ 300 bilhões por ano. “É hora de discutir os subsídios”, disse.

Pedro Fernandes, diretor de Agronegócio do Itaú, criticou a falta de políticas estáveis para o setor de energia. De acordo com Fernandes, o mercado de capital de risco poderá começar a fomentar mais fortemente a inovação no segmento. Com o crescimento do mercado e a entrada em vigor do RenovaBio, prevista para janeiro do ano que vem. “A indústria de biocombustíveis é bastante pujante e tem potencial para gerar novas tecnologias”, disse.

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