Excesso de velocidade é a principal causa de colisões nas rodovias federais, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no primeiro semestre de 2021. A pesquisa foi realizada a pedido da Associação Mineira de Medicina de Tráfego (Ammetra).
O estudo revela que dirigir em velocidade incompatível com a via foi a causa das 3.467 ocorrências no primeiro semestre do ano. Em anos anteriores, a maior parte dos sinistros era a falta de atenção do motorista na condução, com 25.031 casos em 2019 e 22.411, em 2020. Nesses anos, o excesso de velocidade ocupava a terceira colocação no ranking.
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O diretor científico da Ammetra, Alysson Coimbra, avalia que parte da mudança no perfil dos acidentes se dá com as alterações na saúde psicológica do motorista desde o início da pandemia. Para ele, um outro fator seria o uso de substâncias psicoativas.
Um levantamento da Ammetra feito com base em dados da PRF nos últimos dois anos mostrou que o número de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de drogas praticamente dobrou nas rodovias federais brasileiras. Em 2020, foram aplicadas 1.872 multas, contra as 939 registradas em 2018.
“Substâncias psicoativas causam alterações no comportamento, consciência e capacidade de reação do motorista. Também induzem a adoção de ações agressivas e imprudentes durante a condução veicular, culminando em atos infracionais como dirigir em velocidade incompatível, fazer ultrapassagens proibidas e desrespeitar as regras de circulação no trânsito”, completa Coimbra.
No ranking, o excesso de velocidade é seguido pela reação tardia do condutor, com 3.129 casos. Depois, Não manter a distância segura do veículo da frente ocupa a terceira colocação, com 2.539 ocorrências.