O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) pôs fim a um imbróglio que se arrastava há anos. Na última sexta-feira (6), logo após a suspensão da greve dos motoristas realizada no dia anterior, o alcaide paulistano anunciou a renovação de 32 contratos para operação do transporte público na cidade, no valor de R$ 63 bilhões, um dos maiores do do País.
A iniciativa vinha sendo barrada na Justiça e no Tribunal de Contas do Município (PGM) desde 2013, a pedido de empresas que se achavam prejudicadas com os termos da licitação. Bem como das próprias operadoras do sistema, descontentes com algumas exigências da Prefeitura como o tempo de duração dos contratos. Os empresários gostariam que esses tivessem duração de 20 anos, renováveis por mais 20. No entanto, o acordo assinado pelo prefeito prevê que nova licitação seja feita em 15 anos.
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De acordo com Covas, a decisão pela assinatura dos termos nesta sexta se deu após aval da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Mas, segundo eles, não teve qualquer relação com a greve. Covas afirmou que Prefeitura se comprometeu a não fazer imediatamente nem a revisão da frota nem discutir o papel dos cobradores. “Até porque, quando se faz uma readequação de um sistema do tamanho da cidade de São Paulo, não se faz isso da noite para o dia”, disse o prefeito.
Na visão da Prefeitura, a assinatura dos contratos oferece a chance de um melhor planejamento do transporte em São Paulo. “Desde 2013, das gestões do PT, a cidade vivia com contratos emergenciais que só contribuíam para sucatear o sistema. Agora, poderemos ter planejamento de longo prazo, que deve colaborar para a renovação da frota e um melhor fluxo de caixa, entre outros benefícios”.
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