A Temp Log, empresa de logística farmacêutica, espera crescer 50% mais em 2024 nos serviços de armazenamento e transporte em comparação a 2023. A expectativa vem da evolução do mercado farmacêutico que, segundo a empresa, deve aumentar 9,7% em vendas no próximo ano.
O foco de atuação continuará sendo o mercado da beleza, medical devices (dispositivos médicos) e medicamentos biológicos de cadeia fria. Para atender a demanda desses segmentos, o planejamento estratégico da companhia envolve o investimento de até 10% do resultado líquido operacional de 2023 em projetos de tecnologia, qualidade, armazenagem e transporte. O objetivo é manter o alto nível de qualidade, agilidade e assertividade em todos os processos.
Atualmente, a logística de equipamentos, partes e peças para uso médico e hospitalar já representa em torno de 35% das atividades da Temp Log. Ao longo de 2023, a operadora investiu 25% a mais na captação de clientes para este nicho, que vai seguir na mira em 2024. Os medicamentos biológicos, em sua maioria termolábeis, respondem por outros 30% das operações da Temp Log.
Os projetos para 2024
Os aprendizados obtidos em 2023 também são vistos como essenciais para que os projetos de 2024 saiam do papel. Entre os avanços estão tecnologias usadas de forma centralizada e que agora estão evoluindo para a verticalização, resultando em maior autonomia para as equipes em cada serviço prestado.
“Antigamente tínhamos um ERP que realizava quase todas as etapas do processo e agora temos WMS, TMS, aplicativos móveis, aplicações SaaS e sensores capazes de atuar de forma independente ou sincronizada. O foco é aumentar nosso poder de escala, buscando resolver de maneira simples e ágil problemas complexos e que de fato sejam percebidos como “valor” pelos nossos clientes”, finalizou diretor comercial da Temp Log, Ricardo Canteras.
Carências do setor
Em meio à perspectiva positiva de crescimento, o especialista em cadeia fria e logística farmacêutica aponta as carências ainda verificadas no setor, como a falta de veículos de grande porte (caminhão e carreta) com baú climatizado ou refrigerado. Segundo ele, essa dificuldade é percebida pelos Operadores na busca de parceiros.
A questão chegou a ser destaque durante as discussões das RDCs 430 e 653 da Anvisa, voltadas ao controle e monitoramento de temperatura de medicamentos. A Reforma Tributária, em tramitação no Congresso Nacional, também foi comentada por Canteras. “Ela interfere na decisão dos laboratórios no Estado e Cidade por onde irão importar, armazenar e distribuir seus produtos, dificultando o planejamento dos operadores”.
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