Alta do diesel divide caminhoneiros e parte ameça nova greve

O anuncio da alta do diesel deixou os transportadores de cargas divididos. Para os mais radicais, já ocorre a movimentação para uma nova paralisação nos próximos 10 dias. Entretanto, também existem aqueles que preferem esperar mais um pouco para tomarem uma decisão.

Segundo o caminhoneiro Wanderlei Alves, em declaração para o jornal O Estado de S. Paulo, não existe outra alternativa a não ser decretar uma nova greve. “O governo pagou para ver. Agora só estamos vendo a data, mas será em menos de dez dias”. Ele destacou a imparcialidade uma vez que o preço do frete continua igual e os custos, subindo.

O reajuste de R$0,10 no preço do diesel, anunciado ontem pela Petrobras, representa um aumento de R$1 mil para quem gasta 10 mil litros de combustível. “O governo insiste em tratar do setor com quem não tem caminhão”, critica Dedeco, caminhoneiro e uma das lideranças nacionais.

Já o caminhoneiro Josué Rodrigues, um dos lideres na região norte, enviou uma mensagem ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ameaçando uma nova greve para o próximo mês. “Se não fizer valer o piso mínimo do frete, nós vamos parar, não tem jeito. Se não agir antes dos dia 21 de maio vai ter uma paralisação sangrenta, pode ter certeza”, afirmou.

Entretanto, os outro representantes tentam apaziguar a situação. Alguns deles argumentam que a atual situação financeira é precária da categoria não permite uma paralisação. “Está todo mundo quebrado”, diz Bruno Tagliari, uma das lideranças do Sul.

No grupos de WhatsApp, as medidas anunciadas nos últimos dias são vistas como resultado da fragilidade da categoria, que não se valoriza. Além disso, se fala muito sobre a insatisfação quanto à representatividade da categoria em Brasilia. Muitos tentam se articular para colocar outras lideranças no Planalto.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

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