“A inteligência artificial é fator de competitividade no mercado de hoje”

Especialista comenta o uso da IA e do Chat GPT nas operações logísticas

O setor de transporte de cargas e logística vem passando por mudanças bruscas nos últimos anos. A operação tem sido modernizada em vários pontos, mas o último deles, e mais falado atualmente, é a utilização da Inteligência Artificial.

Mas dentro de um assunto tão amplo e com tantas vertentes, como entender exatamente o poder e utilização disso na prática? Conversamos com um especialista no assunto que atua no mercado para entender a execução disso.

Caio Reina é CEO e fundador da RoutEasy, Caio é graduado em Engenharia Cartográfica pela UNESP, tem Mestrado em Engenharia de Transportes pela USP e é do projeto de Mestrado do profissional que surgiu o algoritmo da RoutEasy, startup que oferece soluções de roteirização, otimização e orquestração logística, em 2016. Antes da experiência, o profissional atuou como gerente de Supply Chain na EY, analista de Supply Chain na Neolog Consultoria e Sistemas Ltda e desenvolvedor de software na Geologística.

Como o Chat GPT é usado dentro da operação?

Caio Reina: Entendemos que a solução amplia o leque de oportunidades de aperfeiçoar ainda mais a rotina empresarial. 

O primeiro ponto que merece destaque é o atendimento mais direcionado que as IAs generativas permitem. Além disso, o ChatGPT pode ser usado para fazer o gerenciamento de estoques, já que a ferramenta entra com análises para evitar que a procura seja maior do que o armazenamento.

Além disso, a área de análises de previsões de demandas também pode se beneficiar das IAs generativas, trazendo mais detalhamento para o cenário como um todo. Outra oportunidade é usar o ChatGPT para analisar, em tempo real, informações de trânsito, clima e horários de pico em certos locais para fazer ajustes de rotas baseados nessas variáveis importantes. Por fim, é possível usar a ferramenta para uma gestão de reclamações de logística, se beneficiando da tecnologia para entender o que acontece em cada caso, o que pode ser feito em cada situação e formular respostas assertivas.

Essa base de dados citada é captada onde? Ela é compartilhada com alguém ou é exclusiva?

Caio Reina: A base de dados do ChatGPT é a internet como um todo. Essa ferramenta processa as informações, realiza um cruzamento de dados e, assim, formula as respostas para os usuários. O algoritmo consegue contextualizar as solicitações feitas através do seu banco de informações e, com isso, montar respostas e textos completos e imersivos.

A RoutEasy citou o uso de um algoritmo nas operações. Detalha pra gente?!

Caio Reina: A RoutEasy utiliza algoritmo genético, responsável pela otimização de rotas para tornar a logística de distribuição mais eficiente. O algoritmo foi criado no meu projeto de mestrado. Ao desenvolver essa tecnologia, o profissional percebeu que problemas que demoravam horas para serem resolvidos foram solucionados em minutos.

Baseado em três pilares – algoritmo genético, plataforma de monitoramento em nuvem e gestão analítica em tempo real, a logtech utiliza da tecnologia para integrar processos e pessoas em um sistema voltado à otimização de entregas, coletas e serviços de campo.

A inteligência artificial entra para otimizar e integrar processos, atribuindo maior produtividade e menor custo de entrega, além da garantia da qualidade do serviço que chega ao consumidor final. Além disso, a IA também é uma aliada na análise de informações, como características das mercadorias, restrições dos clientes e disponibilidade de veículos. 

Como vocês da RoutEasy têm visto a aceitação do mercado com inteligência artificial?

Caio Reina: Hoje, a IA tem sido vista como uma opção essencial para o sucesso das empresas e tem se tornado cada vez mais um fator de competitividade no mercado. Na otimização de rotas, por exemplo, é praticamente impossível obter os mesmos resultados qualificados com a roteirização manual, já que não há tempo hábil nos times para testar todos os cenários de forma minuciosa. 

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