Operadores Logísticos têm bom primeiro semestre de 2022

Operadores Logísticos têm bom primeiro semestre de 2022, segundo ABOL. Principalmente nos volumes de várias mercadorias no nível pré-pandemia.

Por Victor Fagarassi

- agosto 9, 2022

Operadores Logísticos

Apesar de o primeiro semestre de 2022 ter sido marcado por momentos de tensão no setor de logística, a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) observa o período como de recuperação. Principalmente nos volumes de várias mercadorias no nível pré-pandemia, com crescimento dos Operadores Logísticos em diversos aspectos.

Os OLs de grande porte, com faturamento anual a partir de R$ 601 milhões, se mostraram mais resilientes diante das dificuldades impostas pelos constantes aumentos do diesel pela Petrobras e de “utilities” (energia, água).

“Temos observado um setor otimista, porém cauteloso. Seguimos acompanhando as mudanças e na defesa pela aprovação do Projeto de Lei que visa regulamentar a atividade do Operador Logístico no Brasil, trazendo mais segurança jurídica.” Destaca a diretora presidente da ABOL, Marcella Cunha.

Em contrapartida às expectativas otimistas do mercado, o grande desafio, aponta Marcella, será o de garantir investimentos robustos em pessoas, inovação e tecnologia. Ela observa que os atuais entraves precisam ser mitigados por políticas públicas mais estruturadas, permanentes e sistêmicas, ou seja, que impactem todos os elos da cadeia de suprimentos, do produtor ao consumidor final.

Vale lembrar que os incrementos tecnológicos ganharam um boom principalmente no período pandêmico, devido ao aumento das vendas online gerado pelo isolamento social. O consumidor se tornou mais exigente e os Operadores Logísticos precisaram se adequar, focando no processo e melhorando a interface com fornecedores/clientes e a distribuição de última milha.

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Os dados

Os dados apresentados na última edição da pesquisa com o Perfil do Operador Logístico mostram que quem atende o e-commerce investe mais em Integração Tecnológica com clientes e fornecedores (91% vs 85%); Veículos Elétricos (43% vs 9%); Drones (23% vs 6%); Realidade Expandida (17% vs 6%); Veículos Autônomos (14% vs 3%); Computação em Nuvem (80% vs 62%); Data Analytics, usando Machine Learning e Inteligência Artificial (43% vs 21%), e Blockchain (11% vs 6%).

“Para este segundo semestre, a tendência é que a demanda por alguns serviços logísticos siga crescendo entre os diversos clientes, que vão desde a indústria de base e agronegócio ao grande varejo e e-commerce”, diz a diretora Executiva da ABOL.

São eles: Transporte Rodoviário Fechado (“FTL”); Transporte Rodoviário Fracionado (“LTL”); Distribuição Urbana; Armazém Geral; movimentações como Separação (“picking”) e Embalagem (“packing”); Controle de Estoques; Crossdocking; Logística Reversa e Consultoria e Projetos Logísticos customizados.

Inclusive, nos últimos dois anos, houve um crescimento da demanda de alguns setores. Destacam-se os produtos de Cosméticos (“Personal Care”), atendido por aproximadamente 65% dos OLs e cujo aumento foi de 12% em relação a 2020; os Alimentos Processados (alta de 8%), e produtos Eletroeletrônicos (9%).

Outros aumentos significativos no mesmo período foram do Comércio Eletrônico (16%) e Produtos de Limpeza (14%), refletindo o comportamento de consumo resultante dos efeitos da pandemia, no qual as pessoas passaram a se preocupar mais com higiene e saúde e a transacionar mais pelas vendas online.

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