A Scania decidiu adotar duas diferentes estratégias no Brasil, para atender a legislação de emissões Proconve P-8 (Euro 6), que os visitantes poderão conferir in loco na Fenatran. Além de atualizar sua linha de motores para a futura norma legal, a montadora acrescentou ao portfólio a gama Super lançada em novembro passado na Europa, uma nova família de caminhões com um trem de força inteiramente remodelado. Os novos engenhos da marca vão substituir os atuais motores Euro 5 e irão contar com as cabines P, G, R e S que desde de 2018 equipam a Nova Geração de caminhões da marca.
“Vamos oferecer as melhores plataformas de motores do mercado”, garante Silvio Munhoz, diretor-geral das Operações Comerciais da Scania no Brasil. “Serão caminhões capazes de revolucionar a eficiência da operação baseados em três pilares. A gestão inteligente e rentável – com eficiência energética e redução das emissões de CO2 –, a disponibilidade máxima do produto rodando o maior tempo possível e a confiança e qualidade dos nossos serviços”, completa, depois de lembrar que os novos motores estarão disponíveis com combustão a diesel e a gás (natural, liquefeito e/ou biometano).
Economia de combustível

A lista de inovações inclui a adoção do sistema XPI de pontos múltiplos de injeção, lubrificantes de última geração que reduzem ainda mais o atrito, uma nova bomba hidráulica de refrigeração variável, coletores do turbo e de escape aperfeiçoados e maiores taxas de compressão, entre outras novidades. Destaque também para o freio de cabeçote CRB (do inglês Compression Release Brake), um sistema de frenagem auxiliar do propulsor com capacidade de 350 Kw, que será oferecido como ítem de série para todas as versões da linha P8. Combinado com o freio hidráulico auxiliar Scania Retarder os dois sistemas oferecem nada menos que 850Kw de potência de frenagem.
Os novos motores da gama Super, por sua vez, serão ofertados com quatro versões de potência (420, 460, 500 e 560cv) e torques de 2.300Nm, 2.500Nm, 2.650Nm e 2.800Nm, pela ordem; os maiores do mercado para engenhos de 13 litros. Nesse caso, o ganho de consumo de combustível foi ainda maior, cerca de 8% na comparação com a geração atual. O incremento da eficiência energética é resultado do aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, a adoção de um duplo comando de válvulas no cabeçote e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor. Outra grande inovação batizada de FOU (Fuel Optimization Unit) colabora para a utilização máxima do combustível do tanque.
Caixas de câmbio

Já no aspecto da segurança, os novos Scania ganharam outros recursos tecnológicos. Caso do sistema de auxílio ao motorista ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), que provoca alertas de ponto cego e de pedestres e a direção elétrica ativa, uma tecnologia que faz a correção automática da direção pelo veículo. Outro recurso é o controle de velocidade de cruzeiro com predição ativa, que é ativado caso o veículo não fique parado a 0km/h por mais de três segundos, voltando a acompanhar o veículo da frente em um sistema “stop and go”.
Cercas virtuais
Sucesso na Europa desde 2019 e comercializado e testado no Brasil desde 2020, o Scania Zone também estará disponível para os caminhões da linha Euro 6. Por meio do portal de gestão de frotas, o próprio cliente conseguirá definir, a qualquer momento e de forma bem simples, o limite de velocidade em trechos de risco da sua operação, por meio de cercas virtuais.
A somatória dessas tecnologias combinada com o amplo portfólio de serviços da marca – incluindo os planos de manutenção flexíveis – vão proporcionar um maior tempo de uso do veículo e, por extensão, um custo menor de operação. “Queremos que as paradas sejam em menor quantidade e realizadas de forma programada com menor impacto no dia a dia da operação”, explica Marcelo Montanha, diretor de Serviços da montadora. “A ida até a oficina da Casa Scania passará a ocorrer no momento correto, e o cliente terá uma equipe preparada e sabedora do diagnóstico com o objetivo de devolver o caminhão o mais rápido possível para o trabalho. Isso é importante para garantir um aumento da disponibilidade e, por consequência, mais rentabilidade”, garante.

