Phinia reporta crescimento de receitas no terceiro trimestre de 2025

Resultado foi impulsionado por aquisição e performance operacional ajustada das operações da empresa

Por Gustavo Queiroz

- novembro 10, 2025

Phinia

A Phinia Inc., fornecedora de sistemas de combustível, elétricos e serviços para o mercado de reposição, divulgou seus resultados financeiros para o terceiro trimestre, encerrado em 30 de setembro de 2025. O período foi marcado por um crescimento significativo nas vendas líquidas, que atingiram US$ 908 milhões, um aumento de 8,2% em comparação com o mesmo período de 2024. Este desempenho foi sustentado por reajustes de preços, recuperação de tarifas e um aumento de volumes nas regiões da Ásia e das Américas.

Excluindo os impactos cambiais negativos de US$ 19 milhões e a contribuição de US$ 8 milhões da recente aquisição da Swedish Electromagnet Invest AB (SEM), as vendas ajustadas apresentaram um crescimento orgânico de 5,1%, equivalente a US$ 43 milhões. A aquisição da SEM, empresa sueca especializada em sistemas de ignição para combustíveis alternativos como gás natural e hidrogênio, foi concluída por aproximadamente US$ 47 milhões, representando um movimento estratégico para fortalecer o portfólio da companhia em tecnologias de baixo carbono.

Apesar do crescimento na receita, o lucro líquido reportado foi de US$ 13 milhões, com uma margem de 1,4%. Este resultado representa uma queda de US$ 18 milhões e uma contração de 2,3 pontos percentuais na margem em relação ao terceiro trimestre de 2024. A redução é atribuída principalmente a uma perda pontual e não recorrente, associada à liquidação de reivindicações legais remanescentes do processo de separação societária que originou a Phinia.

Contudo, a métrica operacional de LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado, que exclui itens não recorrentes, apresentou trajetória positiva. O indicador atingiu US$ 133 milhões, com uma margem de 14,6%, refletindo um incremento de US$ 13 milhões e uma expansão de 0,3 ponto percentual na base anual. A melhoria na rentabilidade operacional foi impulsionada por economias em despesas com pesquisa e desenvolvimento, embora tenha sido parcialmente compensada por custos trabalhistas mais elevados e um mix de produtos menos favorável durante o trimestre.

No que diz respeito ao lucro por ação, o resultado diluído reportado foi de US$ 0,33. Já o lucro líquido ajustado por ação diluída, que desconsidera os impactos não operacionais, foi de US$ 1,59, demonstrando uma sólida performance operacional subjacente e beneficiando-se de um programa de recompra de ações que reduziu o número de papéis em circulação. A empresa retornou um total de US$ 41 milhões aos acionistas no período, distribuídos entre US$ 30 milhões em recompra de ações e US$ 11 milhões em dividendos.

A Phinia também destacou avanços comerciais estratégicos durante o trimestre. Entre as conquistas, está o desenvolvimento de uma nova geração de tecnologia de cânister com detecção de vazamento para um fabricante norte-americano, destinada a veículos comerciais leves híbridos. A empresa também garantiu seu primeiro contrato comercial na China para fornecimento de sistemas de injeção direta de combustível (GDi), expandiu sua participação no mercado do Oriente Médio e fechou novos negócios para componentes de freio e suspensão no Reino Unido, além de ampliar a venda de motores de partida e alternadores com distribuidores na América do Norte.

Brady Ericson, presidente e CEO da PHINIA, comentou que os resultados refletem a força da estratégia da empresa e a dedicação de sua equipe. Ele destacou o trimestre como um dos melhores da história da companhia e reafirmou o foco na excelência operacional e na criação de valor de longo prazo, mesmo diante de desafios externos. Ericson também enfatizou que a integração da SEM avança conforme o planejado, reforçando o posicionamento global e as oportunidades de crescimento futuro.

A situação financeira da empresa permanece sólida, com um saldo de caixa e equivalentes de US$ 349 milhões e uma capacidade não utilizada de US$ 499 milhões em sua linha de crédito rotativo. A dívida total foi reportada em US$ 992 milhões. A geração de caixa operacional foi robusta, atingindo US$ 119 milhões, um aumento de US$ 24 milhões em relação a 2024. O fluxo de caixa livre ajustado registrou expressivos US$ 104 milhões, substancialmente superior aos US$ 60 milhões do ano anterior, beneficiado por um maior lucro ajustado, receitas diferidas e uma gestão eficiente do capital de giro.

Com base no desempenho do ano e na incorporação da SEM, a Phinia revisou suas projeções para o exercício fiscal de 2025. A expectativa para as vendas líquidas está agora na faixa de US$ 3,39 bilhões a US$ 3,45 bilhões. Excluindo os efeitos cambiais e as aquisições, a projeção indica uma variação entre estabilidade e uma leve contração de até 1% nas vendas anuais. A companhia projeta um lucro líquido entre US$ 100 milhões e US$ 110 milhões para o ano. O EBITDA ajustado está estimado entre US$ 465 milhões e US$ 480 milhões, com margens entre 13,6% e 14,0%. A projeção para o fluxo de caixa livre ajustado é de US$ 175 milhões a US$ 205 milhões, com uma taxa de imposto ajustada esperada entre 33% e 37%.

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