A Flowsort, empresa originalmente holandesa agora integrada ao grupo alemão Fath, está introduzindo no mercado sul-americano o eTrike, uma scooter elétrica projetada especificamente para a movimentação interna de materiais em centros de distribuição e ambientes fabris. O equipamento surge como uma alternativa para otimizar processos logísticos indoor, substituindo deslocamentos a pé e agilizando tarefas que envolvem transporte de ferramentas, peças ou pequenas cargas.
Conforme detalha André Motta, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Flowsort para a América do Sul, o eTrike foi concebido para operar tanto em ambientes internos (indoor) quanto externos (outdoor). “Ele é uma scooter elétrica concebida para fazer a movimentação de materiais dentro do centro de distribuição e dentro da fábrica. Por exemplo, em processos que você precisa movimentar o mantenedor, levar ferramentas pesadas ou peças”, explica Motta. A velocidade média do veículo é de 40 km/h, sendo programável para limitar a operação conforme políticas internas de segurança das empresas, variando entre 8 km/h e 40 km/h.
O modelo está disponível em duas versões principais, com capacidades de carga de 220 kg e 350 kg, considerando apenas o peso da carga útil. A estrutura do eTrike suporta ainda o peso do operador, que é contabilizado junto à carga transportada. Sua autonomia é de aproximadamente 40 km, com um tempo de recarga estimado em duas horas para a bateria de menor capacidade, permitindo até seis horas de operação contínua. O carregamento é simplificado, realizado por um cabo similar ao de um notebook, conectado a uma tomada comum. Um diferencial técnico destacado pelo executivo é a robustez do veículo.
Plataforma customizada
“Ele tem um sistema de pneus bem resistentes. Nos vídeos de exemplo, ele passa por cima de prego e não fura”, comenta o representante da Flowsort, salientando a adequação para diferentes pisos. A plataforma de carga padrão pode ser customizada com acessórios como estantes ou sistemas de armazenamento, adaptando-se às necessidades específicas de cada cliente. A operação não exige carteira de motorista, necessitando apenas que o condutor tenha idade mínima de 15 anos, sendo categorizado internamente como um equipamento similar a uma empilhadeira.
Apesar de o eTrike ainda não possuir clientes ativos no Brasil, a Flowsort já concretizou uma venda no Chile, onde o equipamento é utilizado no setor frutífero, dentro de um centro de distribuição de cerejas. “O Brasil é responsável pela América do Sul. A gente fez uma venda para o Chile. Então na Europa e aqui na América do Sul no Chile a gente já tem algumas unidades”, afirmou Motta. As prospectivas de aplicação incluem não apenas armazéns, mas também operações portuárias e parques industriais de montadoras automotivas para o deslocamento interno de componentes.
Fase de avaliação
A Flowsort, cujo carro-chefe são sistemas de separação e transferência de materiais como os modelos SLD, DLD e X-Flow, opera no Brasil há três anos, com um galpão localizado em Cotia (SP), que serve como centro de distribuição. A empresa está na fase de avaliação para iniciar a fabricação nacional de alguns componentes a partir do próximo ano, seguindo um modelo já implementado na sua fábrica na Índia. “No momento, a fase é de desenvolvimento de fornecedores locais. Tem alguns materiais específicos que vamos trazer pronto da Alemanha, porque já tem todo o ferramental lá, e parte iremos nacionaliza”, explica André Motta.
 
				
 
															