Disposta a ganhar mercado junto ao agronegócio, a DAF usou a Agrishow 2025 como vitrine para dois principais caminhões vocacionais da marca, desenvolvidos por sua engenharia para atender ao setor. Lá estava o XF preparado para o ciclo da cana e um CF já pronto para as atividades de apoio e serviço.
O DAF XF 6×4, foi exibido nas configurações de 480 e 530 cv para os serviços de produção, beneficiamento e distribuição em todo o ciclo da cana de açúcar. Mas, a grande novidade da DAF para o segmento foi o CF 6×4 na versão rígida. O caminhão com motorização de 7 litros conta com um chassi que combina as tecnologias rodoviárias com as agrícolas.
Carlos Chemin, engenheiro de Vendas da DAF Caminhões, diz que o aspersor de vinhaça foi desenvolvido meticulosamente para permitir a maior cobertura possível. Segundo ele, a agroindústria é extremamente exigente e demanda muito essas novas tecnologias para melhorias que permitem alta performance e, em paralelo, a otimização da rentabilidade do negócio.
“Hoje, além dos controles já conhecidos de tração e estabilidade, bloqueios diferenciais e assim por diante, são instalados diversos auxílios ao motorista para atender às exigências do setor. Como o inclinômetro, sensores que avisam o condutor para cumprimento de prazos para manutenção preventiva e máxima segurança possível na operação”, explica Chemin.
A complexidade aumenta na medida em que a manutenção não se mede, necessariamente, por quilômetro rodado. Às vezes em horas, inspeção visual de torque de roda e uma série de outros cuidados são pré-requisitos, já que todos esses detalhes contribuem para um melhor desempenho.
Vocacionais prontos para rodar
Um pacote vocacional exige tranquilamente acrescentar de sete a oito itens específicos, a maioria deles incorporados ao veículo por demanda dos próprios usuários. “É bastante coisa, são melhorias que vão muito além da tecnologia embarcada nas versões rodoviárias”, adiciona o engenheiro.
Outro cuidado essencial no desenvolvimento desses veículos é quanto à disponibilidade. O transporte de cana na safra, por exemplo, é 7×24 h, sem descanso. “O caminhão rígido que expomos na Agrishow, o CF 6×4, com potência de 311 cv, na versão aspersor de vinhaça, está preparado para ser um veículo multifunção. Pode rapidamente se transformar num caminhão de bombeiro.
Carlos Chemin lembra que o plantio e o processamento da cana de açúcar é uma atividade muito suscetível a incêndios e os veículos tanques têm que estar preparados para entrar em ação. É preciso disponibilidade. E, mais do que isso: conhecer muito bem o ciclo de produção. Em caso de necessidade o veículo tem que estar 100% disponível. “Aconteceu a emergência, é só ligar a chave e sair rodando. Isso porque todos conhecem a máxima do usineiro: ‘nenhum caniço pode ser perdido’”.
Além desses cuidados, dependendo da frota do produtor, a DAF oferece a assistência no campo, porque os veículos não têm tempo para se deslocar a uma concessionária e a disponibilidade é a prioridade. “Os serviços de assistência remota podem ser feitos sob demanda, dependendo da exigência que o cliente nos impõe”, esclarece.
Ser competitivo nesse mercado é poder oferecer serviços com parcerias e de primeira qualidade. “Hoje, o cliente do implementador também é nosso cliente, então jogamos no mesmo time e é nosso interesse que o caminhão seja implementado no menor tempo possível” diz Chemin.
O especialista lembra que a DAF coloca à disposição planos de manutenção, cursos de entrega técnica, direção econômica, enfim um grande pacote de pós-venda que garante a máxima disponibilidade dos equipamentos.
Quanto aos prazos de entrega a resposta depende basicamente das implementadoras homologadas. “Nosso sistema de produção do CF usa a mesma linha do XF”
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