O Sistema Anchieta-Imigrantes, que conecta a capital paulista à Baixada Santista, receberá obras para a implementação de uma terceira faixa com 21,5 quilômetros de extensão, o que ampliará a capacidade total do sistema em 25%, de acordo com o comunicado oficial. A autorização para os estudos foi concedida pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do Estado de São Paulo.
Segundo o documento, o projeto prevê uma nova pista no trecho de serra com 21,5 quilômetros de extensão, compostos prioritariamente por túneis, que somam 17 quilômetros (80% de todo trajeto), além de 4 quilômetros de viadutos. Um dos túneis terá cerca de 6 quilômetros de extensão, tornando-se a maior estrutura desse tipo no Brasil. A nova pista terá duas faixas de rolamento e um acostamento com possibilidade de ser revertido em faixa de tráfego.
A expectativa é de que a capacidade de descida dos veículos pesados aumente 145%, com acesso facilitado às Margens Direita e Esquerda do Porto de Santos, garantindo o fluxo necessário para suportar o crescimento previsto da atividade portuária do local para os próximos anos.
A estrutura terá início no quilômetro 43 da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), o que permitirá o acesso pelo Rodoanel Mário Covas (SP-021). Na Baixada, a conexão será no quilômetro 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo Industrial de Cubatão.
Outro destaque fica por conta da inclinação média, que será de 4%, possibilitando o tráfego seguro de veículos pesados. A segurança será reforçada por túneis paralelos de emergência. Considerando os diversos cenários de tráfego, a pista poderá também ser revertida para operar no sentido da Capital sempre que houver necessidade.
De acordo com o comunicado, o projeto prevê a utilização de estradas de serviço já existentes e poucos pontos de entrada de frentes de obras, minimizando os impactos ambientais.
Próximas etapas
Após o lançamento, a concessionária trabalha na elaboração do projeto funcional. Na sequência, serão produzidos os projetos básico e executivo, que trarão as diretrizes para a realização da obra, como características precisas e indicação de técnicas de construção das estruturas, o prazo para a execução das obras e o custo total do empreendimento. Em paralelo, estão sendo cumpridas todas as etapas necessárias para o processo de licenciamento ambiental. A previsão é que esta etapa seja concluída no primeiro semestre de 2026.
A autorização para o desenvolvimento do projeto foi concedida pela SPI em janeiro de 2024. O prazo para a elaboração dos materiais é de dois anos a partir da autorização, prorrogáveis por mais um. Serão elaborados estudos de tráfego e projetos funcional, básico e executivo, incluindo avaliações topográficas, sondagens e investigações geológicas e hidrogeológicas necessárias. Além disso, também deverão ser produzidos e aprovados estudos e relatório de impacto ambiental para deliberação dos órgãos competentes.