Em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 09 de outubro, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em São Paulo, a GWM marcou presença na inauguração do Laboratório de Hidrogênio (LabH2) não apenas como convidada, mas como parceira estratégica. A marca chinesa apresentou o primeiro caminhão a célula de combustível a hidrogênio (FCEV) da América Latina, um equipamento da GWM Hydrogen powered by FTXT. A unidade demonstra a materialização de um esforço tecnológico global da empresa, uma vez que a FTXT atua como sua subsidiária especializada na China para o desenvolvimento de componentes e sistemas de célula a combustível, adotando a marca GWM Hydrogen em mercados externos.
A parceria técnica firmada entre a montadora e o renomado instituto de pesquisas tem como objetivo central a realização de testes e estudos conjuntos focados em segurança, desempenho e viabilidade técnica e econômica do uso do hidrogênio em veículos pesados. Este acordo é considerado um passo decisivo para a estruturação da cadeia produtiva do hidrogênio no Brasil, alinhando-se às diretrizes do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que preveem a cooperação entre os setores público e privado para o fortalecimento da base tecnológica nacional.
O sistema de propulsão se baseia numa reação eletroquímica entre hidrogênio e oxigênio que gera eletricidade para alimentar o motor elétrico do veículo, tendo como único subproduto do escapamento o vapor d’água (H2O). Esta solução tecnológica promete conciliar alta autonomia, tempos de recarga comparáveis aos dos veículos a combustão tradicional e emissão zero de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos como NOx, HC, CO e material particulado.
Davi Lopes, líder da GWM Hydrogen-FTXT Brasil, destacou o significado estratégico da colaboração. “A presença da GWM no projeto do LabH2 reforça nosso compromisso com o futuro da mobilidade sustentável. O hidrogênio é mais do que um vetor energético, se trata de um vetor de desenvolvimento social, ambiental e tecnológico para o Brasil. Trabalhar ao lado do IPT, uma das principais instituições de pesquisa do país, é um passo decisivo para tornar o caminhão a hidrogênio uma realidade no mercado nacional“, afirmou.
A infraestrutura do LabH2 representa um diferencial crítico para o avanço das pesquisas. O laboratório está equipado com sistemas completos para investigações que abrangem toda a cadeia de valor do hidrogênio, desde a produção e o armazenamento até o abastecimento e o uso final. Inclui duas Hydrogen Refueling Stations (HRS), uma operando a 700 bar, destinada a veículos leves, e outra a 350 bar, projetada especificamente para veículos pesados, como caminhões e ônibus. Com a estação de abastecimento agora disponível, a GWM passa a dispor de um ponto de recarga para o seu caminhão a hidrogênio na capital paulista, fator considerado essencial para agilizar a validação e a futura operação comercial do veículo no país.
Na avaliação de João Carlos Sávio Cordeiro, diretor da Unidade de Energia do IPT, a sinergia com a indústria é fundamental. “A colaboração com a GWM demonstra a importância de aproximar a indústria do ambiente de pesquisa. Juntos, podemos desenvolver soluções que fortaleçam a cadeia do hidrogênio e viabilizem uma mobilidade limpa e segura“, declarou. A agenda de trabalho conjunto já prevê frentes de pesquisa específicas, incluindo testes de tanques de armazenamento de alta pressão e estudos aprofundados de segurança e eficiência energética dos sistemas.