O mercado de galpões logísticos de alto padrão no Brasil segue em trajetória de crescimento, com o segundo trimestre de 2025 registrando os melhores números dos últimos três anos. De acordo com pesquisa da consultoria JLL, a absorção líquida atingiu 851 mil m², fazendo com que a vacância caísse para o menor patamar histórico: 7,7%. O preço médio do aluguel também subiu, chegando a R$ 30,30/m², um aumento de 16% em 12 meses.
O estado de São Paulo foi responsável por 53% da absorção líquida nacional, impulsionado principalmente por empresas de varejo e comércio eletrônico. Além disso, concentrou 73% dos 887 mil m² de novos empreendimentos entregues no país – o maior volume desde 2022. “SP entregou um estoque superior à soma dos últimos quatro trimestres. O bom desempenho se deve à quantidade de novos negócios e ao baixo volume de devoluções”, explica André Romano, gerente da divisão Industrial e Logística da JLL. Apesar do aumento na oferta, a vacância no estado subiu apenas 0,4 ponto percentual, para 8,7%.
Outros nove estados receberam novos galpões logísticos, com 43% das entregas no país já fechadas por meio de pré-locações. Se não houver atrasos, o segundo semestre deve adicionar mais 2,6 milhões de m² ao mercado, sendo 770 mil m² já contratados – incluindo 265 mil m² em SP e 134 mil m² em Minas Gerais.
Santa Catarina
Santa Catarina tem ganhado relevância no setor, com 80 mil m² de novos galpões no segundo trimestre e um acumulado de 200 mil m² no último ano. Até o fim de 2025, a expectativa é que o estado receba mais 520 mil m², consolidando-se como a quarta maior praça logística do país, atrás apenas de SP, RJ e MG. “Santa Catarina está se tornando um hub estratégico, com crescimento consistente e investimentos significativos”, avalia Rafael Picerni, especialista da JLL em Pesquisa e Estratégia.