Centro Logístico da JSL integra planos ambiciosos da empresa

A empresa JSL abriu as portas de seu Centro Intermodal para apresentar à Imprensa especializada como funciona a operação

Por Priscila Ferreira

- novembro 22, 2022

Centro Logístico da JSL integra planos ambiciosos da empresa

Em um espaço de 900.00 m² de área total e 22.500 m² de área construída, em Itaquaquecetuba (SP), acontece a operação do Centro Logístico Intermodal da JSL. A estrutura conta com central de Torre de Controle, área operacional para recebimento de cargas ferroviárias, armazém dedicado e mecânica para manutenção de carretas próprias.

A empresa abriu as portas de seu Centro Intermodal para apresentar à Imprensa especializada como funciona a operação e explicar o posicionamento atual da empresa que faz parte do Grupo Simpar. Em 2020, aconteceu a reorganização societária do grupo que possui as empresas JSL, Vamos, Automob, Movida, CSBrasil e BBC.

Ramon Alcaraz, presidente da JSL, explicou que cada empresa funciona de maneira independente e sem grandes intervenções do grupo. Mesmo assim, todas as filiadas podem se beneficiar do ecossistema em transações de fornecimento e prestação de serviços entre elas.

Em 2022, A JSL atingiu R$ 2,7 bilhões em novos contratos com prazo médio de 45 meses e 93% de cross selling. Além disso, a própria JSL realizou aquisições estratégicas de outras empresas, caso da Fadel, Trans Moreno, TPC, Transportadora Rodomeu, Marvel e Truckpad.

Alcaraz ressalta um sonho interno da JSL de chegar a mais de R$ 10 bilhões em faturamento até 2025. Em 2022 esse número foi de R$ 7 bilhões. A ambição, que ainda não é uma meta, é um dos fatores que move a qualidade de serviços prestados pela empresa atualmente. No mesmo ano, o crescimento da empresa foi de 30% sem aquisições, Ramon menciona “meta audaciosa” para 2023, mas que ainda não pode ser revelada.

A JSL é mais conhecida pelo ramo de transportes, mas a empresa também tem forte presença no atendimento de operações dedicadas, armazenagem e distribuição urbana.

Operação Intermodal

O Centro Logístico Intermodal da JSL, em Itaquaquecetuba, atende empresas como Gerdau, Arcellor Mittal, Aperam, Bonafonte, Cummins e Benteler. Os trilhos da ferrovia chegam ao galpão de armazenagem da unidade, cujo movimentação de cargas aumentou 405% de 2021 para 2022.

operação intermodal
Área de carregamento e movimentação de cargas da Gerdau.

A evolução na intermodalidade saltou de 10% para 39% de utilização ferroviária, representando um aumento de 1938% para a movimentação por trilhos. Os materiais mais movimentados são chapas de ferro, vergalhão e barras.

O transporte por trilhos é realizado pela MRV e passa por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Cada vagão chega ao centro logístico com 60 toneladas em materiais. A estrutura é de carregamento das carretas é realizada por meio de máquina suspensa.

Fato curioso é que uma das práticas operacionais mais “simples” realizada pela empresa proporcionou um ganho significativo em produtividade. A companhia  realizava o carregamento de 15 carretas em média entre 8h e 22h. O número agora saltou para 25 carretas diárias entre 14h e 22h. A mudança ocorreu graças ao planejamento proporcionado pela comunicação direta entre armazém e clientes da unidade para projetar o que será recebido no dia.

Manutenção de veículos

Operação intermodal
Área de manutenção de carretas

O Centro Logístico Intermodal da JSL conta com uma equipe dedicada para atender toda a frota de veículos da empresa, sobretudo as carretas que fazem a movimentação de cargas do complexo. Com foco em segurança, a estrutura de manutenção conta com 92 colaboradores. Os serviços são voltados a mecânica, funilaria, borracharia, carpintaria, área técnica e pintura.

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Mecânica especializada em carretas

A equipe atende em média 453 veículos por mês, ou mais de 5400 por ano. A oficina especializada em carretas, realiza um check-list em cada veículo antes que ele saia para a estrada. O trabalho é realizado com base em medidas preventivas e contam com um grupo de serviço externo para medidas corretivas.

No caso dos motoristas agregados, a empresa realiza um Check-list nos veículos, porém a correção, caso necessário, é por conta do próprio motorista. A oficina interna é dedicada aos veículos próprios da empresa.

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