A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (FETRANSPAR) quer explicações da AGEPAR sobre a retomada da cobrança pelos eixos suspensos nos pedágios do estado. A isenção, prevista em resolução federal, foi revogada pela agência reguladora paranaense e os caminhoneiros voltam a ser cobrados.
Os caminhões vazios que trafegam pelas rodovias do estado voltaram a ser cobrados pelo rodado total desde a zero hora do dia 08 de setembro. Mesmo que estejam com eixos suspensos, a cobrança vai ser feita, medida definida pela AGEPAR.
A revogação foi publicada no Diário Oficial na última sexta-feira, 4, com a justificativa de evitar expressivos aumentos nas tarifas de pedágio do Anel de Integração. Para o presidente da FETRANSPAR, Sérgio Malucelli, a AGEPAR tem mais explicações a dar sobre a decisão.
Já o SETCEPAR (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado) não espera que haja prejuízos para o setor. Gilberto Cantú, presidente do SETCEPAR, diz que a isenção nem chegou a ser aplicada de fato e acredita que se passasse a valer teria – sim – impacto nos valores cobrados nas estradas.
De acordo com a AGEPAR a decisão por revogar a isenção foi tomada com base no monitoramento do tráfego dos veículos de carga, feito durante os seis meses de vigência da lei.
O entendimento da agência é de que a manutenção das gratuidades acarretaria em aumento das tarifas para todas as categorias de veículos, a exemplo do que aconteceu em outros pontos do país.
No período, a ANTT autorizou reajustes – motivados pela isenção – que variaram de 5,5%, na via Dutra (entre Rio e São Paulo) até 13,25%, na BR-040, entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora. Na avaliação da AGEPAR, a retomada da cobrança vai evitar aumentos similares no PRque trariam prejuízo para todos os usuários das estradas.
Fonte: FETRANSPAR