Volumes ainda são menores do que os registrados em 2008
Os associados da Abimei, entidade que reúne os importadores de máquinas e equipamentos industriais, preveem encerrar este ano com faturamento de US$ 2,4 bilhões, volume 10% superior ao registrado em 2010. Apesar da expansão, a organização alerta que o setor ainda não recuperou o nível de antes da crise financeira de 2008 e que a alta ficou abaixo da projeção do início do ano, de crescimento de 15% a 20%.
A associação destaca que houve uma redução no ritmo dos negócios a partir de outubro. As vendas ao setor automotivo de uma forma geral, que absorve cerca de 70% dos equipamentos importados pelas empresas da entidade, permaneceram estáveis. Apesar disso, houve impacto sobre os fabricantes de autopeças, afetados pela importação de componentes.
A Abimei defende que o aumento do IPI para carros importados é uma volta ao passado mas admite que a medida, junto com a exigência de conteúdo regional mínimo de 65% nos veículos, pode trazer resultados positivos para a cadeia de fornecedores da indústria automobilística. Para a entidade, os reflexos poderão ser sentidos no próximo ano.
A associação ressalta, no entanto, que o governo ainda deve ao setor uma política para reduzir o custo Brasil, com desoneração de impostos para investimentos em meios de produção e melhorias da infraestrutura e das condições logísticas do País.
Diante do cenário econômico incerto no exterior, a entidade prefere não divulgar projeções para 2012. Para o economista da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega, as perspectivas para o próximo ano não são animadoras. Em palestra durante o Congresso Fenabrave, realizado entre 23 e 25 de novembro, o ex-ministro da Fazenda disse que o PIB brasileiro deve avançar 3,7% no próximo ano mas que o setor de bens de capital não acompanhará este ritmo.
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