Na semana em que o governo federal aprovou a prorrogação da isenção do Imposto sobe Produtos Industrializados (IPI), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que a produção de caminhões no Brasil entre janeiro e julho deste ano continua em alta. Dessa vez, o indicador foi mais moderado que nos últimos dois meses e alcançou 11,9% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Nas categorias de caminhões das associadas à entidade o maior crescimento foi verificado entre os leves, alta de 20,5%. Em seguida a maior produção foi de veículos semipesados, 19,3%, logo depois os semileves com crescimento de 10,5%. Na categoria pesados, a alta não foi tão expressiva, apenas 3,3%. Contudo, houve uma queda, de 1,7% para a produção de caminhões médios. Ao total, foram colocadas 118.794 unidades novas no mercado brasileiro contra pouco mais de 106 mil nos seis primeiros meses de 2010.
Desse total, 82,5% chegaram efetivamente às estradas brasileiras, conforme os dados da Anfavea. A liderança do mercado em termos de unidades vendidas no ano continua com a MAN Latin America, responsável pela marca Volkswagen, com 29.648 unidades. Em segundo lugar vem a Mercedes-Benz com 24.398 veículos. A terceira maior montadora de caminhões no Brasil, com pouco mais de 17 mil unidades vendidas, é a Ford. Em quarto lugar está a Volvo (10.558 unidades), em quinto aparece a Iveco (8.152 unidades), em sexto a Scania (7.637), a Agrale (448) e a International (191).
No geral, os licenciamentos em 2011 subiram 15%, todas as categorias de caminhões cresceram. Assim como nos números da produção, os semipesados lideraram o crescimento com 26,6%. As vendas de pesados subiram 8,1% e a menor alta ficou com os médios, 1,1%. Em termos de crescimento percentual sobre as vendas do ano passado a Iveco está à frente com alta de 40,5%, seguida pela Volvo com 26% e a MAN com 22,7%. A Scania recuou 10,5% em comparação com os resultados do ano passado.
Ônibus e automóveis
Na categoria para transporte de passageiros (incluindo chassis), as vendas consolidadas do semestre também avançaram, 21,4% com quase 19 mil unidades. As líderes de mercado continuaram sendo a a Mercedes e a MAN, que dominam quase 80% desse mercado. Novamente, a Iveco apresentou o maior crescimento deste segmento com alta de 216% ao vender 795 unidades contra as 251 do mesmo período do ano anterior.
Já em automóveis, a produção de julho foi de 307,2 mil carros, alta de 5,7%. No consolidado do ano, a alta alcançou 4,3% na comparação entre aos sete meses de 2011 ante 2010. Os licenciamentos, por sua vez, avançaram 8,6% nessa mesma base de comparação.
A Volkswagen, que perdeu a liderança de mercado em junho continua no segundo lugar com 334.761 carros vendidos, esse número representa 22,37% do mercado de automóveis fabricados no país. A Fiat, presidida por Bellini, manteve o primeiro posto em unidades vendidas com 342.309 unidades, que representam 22,87% do mercado. Em terceiro lugar está a GM com 298.209 veículos e em quarto a Ford quase 141 mil unidades novas comercializadas. No total, foram vendidas 1,496 milhão de unidades no ano de 2011.
Emplacamentos
A outra associação do setor automotivo, a Fenabrave, que representa as concessionárias, havia divulgado dois dias antes o seu balanço do mês passado. Somente em caminhões foram comercializadas 15.533 unidades em julho, contra as 14.769 no mês anterior. Essa evolução representa uma alta de 5,17%. Comparando o acumulado de janeiro a julho de 2011 (quando foram negociados 98.356 veículos) com o mesmo período de 2010 (85.446 unidades), o segmento apresentou evolução de 15,11%, portanto, em linha com o aumento dos licenciamentos informados pela Anfavea.
No segmento de ônibus, as vendas evoluíram 3,81% de junho para julho, passando de 2.628 unidades para 2.728 no período. Na comparação entre os acumulados de 2011 e 2010, o setor cresceu 21,69%, saltando de 15.695 unidades em 2010 para 19.099 de janeiro a julho de 2011.
No geral, segundo a Fenabrave,os emplacamentos do setor automotivo (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros veículos como carretinhas de transporte de jet sky, motos, etc. ) apresentaram estabilidade de junho para julho. Foram negociadas 483.651 unidades em julho, ante 482.849 unidades em junho, num pequeno acréscimo de 0,17%. Já comparando o acumulado de janeiro a julho de 2011 com o mesmo período de 2010, o volume de veículos saltou de 2.962.877 unidades para 3.232.929, numa alta de 9,11%.
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