Pensando em sustentabilidade, a adaptação de veículos a diesel se torna pauta. Não só produzir novos elétricos, mas “recuperar” os já existentes. É em cima desse conceito que a Stellantis deixou público o seu projeto de retrofit elétrico no Partnet Rapid.
Retorfit é um conceito que surgiu, primeiro, para recuperar prédios na Europa. Estruturar antigas era recuperar sem perder o design original. No mundo dos motores isso já apareceu quando começou a se converter motores de gasolina para álcool, ou então com o kit gás gnv que até hoje é instalado em carros de passeio ou de pequena carga.
A ideia é retirar o powertrain padrão e instalar, literalmente, um kit elétrico. Engenheiros trabalham nisso desde 2023 e atualmente o projeto ainda não está pronto, já avançou bastante. Participam do desenvolvimento o SENAI, junto com WEG e FuelTech.
Flávia Marsengo, diretora de e-mobility da Stellantis, comenta em que pé está essa história: “Atualmente ainda estamos trabalhando e testando junto com parceiros, simulando esse uso comercial, mas já tivemos bons resultados. O motor produz 95 cavalos de potência e 14 kgfm de torque. O câmbio será mantido, não vai ser necessário mudar. O próximo passo é trabalhar para diminuir o peso do kit (200kgs). Isso tira muito da capacidade de carga do carro, mas vamos mudar”.

As baterias possuem 33 kWh de capacidade, ficam no baú de carga e até o momento só suportam o carregamento lento (6,6 kW). Esse é o primeiro passo de um projeto que busca a expansão para outros utilitários também, como veículos da FIAT, a Fiorino por exemplo.
O protótipo ainda não tem data de lançamento ou preço, mas a diretora explicou que o conceito é ser acessível ao pequeno empresário. “Internamente nós comparamos muito com o kit gás GNV, por exemplo. A proposta é oferecer um veículo elétrico acessível para aquele empresário que não roda tanto, em média 100 quilômetros diários”. Finaliza.

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