Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que os brasileiros não usuários de transporte público passariam a usar os coletivos caso algumas melhorias fossem feitas. Os principais apontamentos feitos pelos participantes da pesquisa foram a redução de preço da tarifa (25%); a diminuição do tempo de espera (24%); o aumento da segurança (20%); a maior disponibilidade de linhas e percursos (18%); a ampliação do conforto interno (14%); a melhoria da qualidade dos veículos (13%) e a maior brevidade dentro do transporte público (13%).
O levantamento evidencia também insatisfação da população no que diz respeito à governança e gestão pública da política de mobilidade urbana, 57% consideram a gestão pouco ou nada avançado; 24% responderam mais ou menos avançado; e apenas 16% julgam avançado ou muito avançado.
“É imprescindível que o poder público priorize a atualização da Política Nacional de Mobilidade Urbana para que as cidades tenham condições de elaborar bons projetos e acessar recursos para melhorar o transporte público e reduzir os gargalos do trânsito, que tanto têm impactado na qualidade de vida do brasileiro”, afirma o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.
A pesquisa encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), nome novo do Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou 2.019 pessoas da população economicamente ativa (PEA) com idade a partir de 16 anos em cidades com mais de 250 mil habitantes nas 27 unidades da Federação, entre 1º e 5 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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