O subsídio repassado pela Prefeitura de São Paulo aos ônibus aumentou R$ 300 milhões, ou 17%, entre 2014 e 2015. As empresas que operam a frota receberam, até novembro do ano passado, R$ 2 bilhões dos cofres públicos, ante R$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2014.
Do outro lado, o número de viagens caiu 1% no período, passando de 2,686 bilhões ao longo de 2014 para 2,659 bilhões em 2015. Os dados são da São Paulo Transporte (SPTrans).
O valor pago pela administração municipal é o maior da história da cidade, enquanto o número de passageiros transportados é o menor desde 2009. A previsão é que o subsídio se mantenha em R$ 2 bilhões em 2016, mesmo com o aumento da tarifa de R$ 3,50 para R$ 3,80, a partir deste sábado.
A Prefeitura argumenta que o aumento dos custos é resultado das políticas de incentivos tarifários, como o passe livre estudantil, implementado em fevereiro de 2015, o bilhete único mensal e a gratuidade para desempregados, mas afirma que os recursos extras não se revertem em lucro para os empresários.
Os dados mostram que as políticas de mobilidade pensadas pela gestão Haddad não atraíram mais gente para os coletivos. “Não poderia falar sobre isso sem fazer um estudo adequado, mas o que pode estar acontecendo é que parte das pessoas esteja fazendo menos viagens”, diz o diretor da SPTrans, Adauto Farias, citando a retração econômica.
Fonte: O Estado de S. Paulo