Com o início do Euro 5, Voss prevê faturar mais de R$ 100 mi

Sergio Andreatini, presidente: tecnologia para motores diesel com sistema SCR trará receita adicional de R$ 25 mi

Sergio Andreatini, presidente: tecnologia para motores diesel com sistema SCR trará receita adicional de R$ 25 mi


A obrigatoriedade de atendimento às regras de redução de emissões Euro 5 no país, a partir de janeiro de 2012, abriu uma milionária oportunidade de negócios para a subsidiária brasileira da Voss Automotive, companhia alemã que se consagrou como uma das maiores fornecedoras mundiais de tubos, conectores e sistemas hidráulicos para veículos comerciais.

Com uma tecnologia totalmente desenvolvida no país, a empresa já firmou contratos com praticamente todas as montadoras de caminhões que operam no Brasil, que devem resultar em receita adicional de R$ 25 milhões no próximo ano. Com isso, o faturamento da subsidiária chegará à casa de R$ 110 milhões, a despeito da previsão de retração no mercado doméstico de veículos pesados.

A principal característica da nova tecnologia, explica o presidente da Voss do Brasil, Sergio Andreatini, está na utilização de um plástico multicamadas, que torna a solução mais econômica e ainda assim resistente à ureia, que é corrosiva – o Arla 32, aditivo que será obrigatório para atendimento às regras de redução de emissões, leva esse composto.

Os componentes da Voss fazem justamente a interligação entre o tanque de ureia, a unidade de injeção do composto e o motor do veículo. “Com a presença de ureia, somente é possível usar inox ou plástico de engenharia, que tornam o sistema muito caro. A solução foi o plástico multicamadas”, conta. Para os conectores, latão e alumínio são usados como matéria-prima.

Conforme Andreatini, com exceção da sueca Volvo, todas as montadoras de veículos comerciais que optaram pelo sistema SCR para redução de emissão de motores diesel são clientes da nova tecnologiaem tubulações e conectores. “Nesse novo mercado, játemos 92% de market share”, explica, acrescentando que mantém tratativas também com a Volvo acerca do fornecimento do sistema.

Para este ano, conta o executivo, a expectativa é a de que o faturamento da Voss do Brasil se aproxime de R$ 100 milhões. A maior parte das receitas será proveniente do fornecimento de equipamentos originais (OEM) às montadoras e também a sistemas (empresas que fornecem conjuntos de peças às fabricantes de veículos). Apenas R$ 2 milhões são referentes às vendas no chamado “aftermarket”.

Veículos comerciais, principal foco da companhia, devem responder por 70% do faturamento, enquanto os leves (de passeio) contribuem com os 30% restantes. Já as exportações, conforme o executivo, devem trazer R$ 18 milhões ao caixa da Voss do Brasil. Além de Estados Unidos e países da América do Sul, Europa e Japão estão entre os destinos internacionais dos componentes produzidos pela subsidiária.

Para 2012, as projeções não são positivas para o mercado doméstico de caminhões. Em razão da obrigatoriedade do Euro 5, que encarece os modelos vendidos no país, houve antecipação de compras e a expectativa é de queda superior a 10% nas vendas desse segmento. “Trabalhamos com previsão de recuo de 15%”, diz Andreatini. Com a oferta do nova tecnologia, contudo, a retração será mais que compensada e o faturamento da subsidiária deve crescer 10%.

Valor Econômico

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